Os atendimentos a mulheres vítimas de violência sexual, física ou psicológica em unidades do Sistema Único de Saúde (SUS) somam, por ano, 147.691 registros - 405 por dia, ou um a cada quatro minutos. A maior procura por serviços de saúde após casos de agressão se dá entre adolescentes de 12 a 17 anos, faixa etária das duas vítimas de estupro que ganharam repercussão na semana passada, no Rio e no Piauí. Minas Gerais está entre os cinco estados que mais registraram tais atendimentos no SUS.
Especialistas apontam para a necessidade de se encerrar a “lógica justificadora” que tenta lançar para as vítimas a culpa pelos crimes. Os dados integram o Mapa da Violência - Homicídio de Mulheres, um dos mais respeitados anuários de violência do país.
As estatísticas foram reunidas com base no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), do Ministério da Saúde, que registra os atendimentos na rede do SUS. O relatório mostra que Mato Grosso do Sul, Acre, Roraima, Tocantins e Minas lideram a lista de Estados com as maiores taxas de procura por atendimento.
Guanhães e região
Na região, de acordo com a Polícia Militar, só neste ano de 2016, até o dia 19 de maio, foram registrados 15 casos de abuso sexual contra crianças e adolescentes, dois deles em Guanhães. A quantidade aumentou muito, uma vez que em 2015, foram 11 registros durante o ano todo, sendo um no município.
Família
O registro mais recente do Sinan contém dados de 2014 - o estudo foi concluído no fim de 2015. O cônjuge da vítima aparece como o agressor mais frequente, responsável por 22,5% das ocorrências; outras pessoas próximas de adolescentes e mulheres também são apontadas como responsáveis por ataques, como namorado, ex-namorado, irmão, pai e padrasto. Em só 13% dos casos, a agressão é cometida por uma pessoa desconhecida.
Por Folha com Agência Brasil
Deixe um comentário