A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES) divulgou em um boletim, nesta quinta-feira (10), que 28 casos suspeitos de microcefalia estão sendo apurados no Estado. Do dia 11 de novembro até o dia 10 de dezembro, 29 casos de microcefalia foram notificados. A possibilidade de associação ao zika vírus foi descartada em apenas um caso, restando 28 que seguem em apuração.
Os casos estão distribuídos em 21 municípios. Eles são investigados para a determinação da causa da microcefalia, que pode estar ou não associada ao zika vírus. A primeira etapa desse protocolo é um questionário de investigação da gestante.
De acordo com as informações coletadas, é atribuído se essa gestante encontrava-se em situação de risco, ou seja, se ela estava em alguma área de transmissão do Zika Vírus, ou se ela apresenta algum dos outros fatores associados à microcefalia, como o uso de substâncias químicas ou processos infecciosos, causados por bactérias ou vírus.
Assim como o Zika Vírus, doenças como Dengue e Chikungunya também são transmitidas pelo mesmo mosquito, o Aedes aegypti. Enfrentar a reprodução do mosquito é a forma de evitar as três doenças. A forma, mesmo já conhecida pela população, é eliminar qualquer foco de água parada no qual o mosquito possa se reproduzir. A recomendação é para que as pessoas mantenham suas casas e locais de trabalho sempre limpos e longe de qualquer possibilidade de acúmulo de água.
As pesquisas mais recentes apontam que mais de 80% dos focos de Aedes aegypti encontram-se dentro dos domicílios, assim é de fundamental importância a participação da população no controle do vetor.
As medidas de enfrentamento ao Aedes aegypti estão sendo reforçadas em todo o Estado. A SES-MG realiza, desde outubro, oficinas regionais para atualização dos planos de contingência dos municípios.
Em relação ao monitoramento da entrada do vírus Zika em Minas e em consequência aos casos de microcefalia ocorridos nos Estados do Nordeste, a SES-MG está cumprindo os protocolos do Ministério da Saúde e reativando a vigilância sentinela, ou seja, equipes das unidades de saúde tecnicamente treinadas para identificar os sintomas agora ligados ao Zika e encaminhar para a análise.
Embora não tenha registro de circulação do vírus no estado, as unidades estão distribuídas estrategicamente nos municípios de Uberaba, Belo Horizonte, Montes Claros, Teófilo Otoni, Juiz de Fora e Pouso Alegre.
Por O Tempo
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