Durante sete dias, no mês de outubro, Córregos, distrito de Conceição do Mato Dentro, foi palco das gravações do filme 100% mineiro “Santino e o Bilhete Premiado”, especial que a Globo Minas vai exibir no dia 24 de dezembro.
Durante as gravações, 40 pessoas desbravaram os ambientes do distrito que poderiam virar cenário, entre eles, a igrejinha do século XVII. O filme traz para tela uma história de amor com uma pitada de comédia que se passa no interior de Minas na década de 194/1950.
Além do elenco, direção, e a música tema do filme, interpretada por artistas do estado, moradoras da localidade também participaram como figurantes.
Sobre o filme
Em 2016, o cineasta mineiro Guilherme Fiúza (“O Menino no Espelho”) resolveu tirar do bolso uma ideia surgida a partir de um caso que ele ouviu de um amigo.
“Eu tinha quatro linhas escritas sobre essa história, que achei engraçada, de um coronel do Norte de Minas que cultivava o hábito de mandar matar pessoas com um bilhete”, recorda o diretor. Depois de desenvolvida e aprovada, a ideia se tornou o especial “Santino e o Bilhete Premiado”.
Dessa premissa inicial até a tela, porém, a história sofreu algumas mudanças. A trama – situada no passado, mas numa época não definida – gira em torno do Santino do título (Alexandre Cioletti), um típico galanteador do interior do Estado, que se apaixona por Cristina (Bruna Chiradia). Só que ela é filha do coronel local (Chico Pelúcio), e, em pouco o tempo, o protagonista recebe o bilhete anunciando sua morte.
“Mas toda vez que ele recebe, o bilhete vai parar na mão de outra pessoa. O coronel quer matar Santino e não consegue, por conta do acaso e de várias picaretagens que vão acontecer”, explica Fiúza.
O tom da história não esconde, e o cineasta também não nega: “Santino e o Bilhete Premiado” bebe na fonte das produções de pegada cômica e popular de Guel Arraes para a emissora – como “O Auto da Compadecida” e “A Invenção do Brasil”.
“Tem um pouco de inspiração na coisa do Guel, mas brinca também com o fabulário do interior mineiro que a gente carrega. É uma comédia, joga com o lance do trambiqueiro, do espertalhão, mas o humor está no texto, na ironia, não no ato, porque não sou muito de comédia corporal”, explica o diretor, sobre o roteiro escrito por ele com seu parceiro Cristiano Abud.
Por Folha com informações O Tempo
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