Conhecido por seu belo texto, a paixão pela arte e as mulheres, e a habilidade única em contar histórias, que sempre encantaram quem estivesse por perto, Márcio estava internado desde o último dia 2, com problemas cardíacos. O guanhanese morreu aos 80 anos, na capital mineira.
Filho de Djalma Prado e Iracy Castro, irmão de quatro homens e uma mulher, Márcio nasceu em 26 de maio de 1933. O menino parece já ter nascido habilmente pronto para as letras. Com o amigo de infância, Roberto Drummond, fundou o primeiro jornal aos 12 anos, batizado Rio Branco Notícias, que atualizava o que acontecia na rua onde morava. Produzido a lápis em folha de papel almaço, o único exemplar era comprado pelo pai do colega de ginásio, e os 10 cruzeiros rendiam uma semana inteira de cinema.
Márcio começou a incursão pelo jornalismo esportivo (uma de suas principais áreas de atuação) na época da inauguração do Mineirão, e conviveu com grandes nomes da imprensa nesta oportunidade. É autor de sete livros e recentemente trabalhava na produção de uma obra sobre sua infância, que ficou interminada. Um dos maiores sonhos era ver o América-MG, time de paixão, ser campeão da Série A.
Ele deixa quatro filhos e três netos.
Anastasia lamenta a morte do jornalista
Em nota, o governador Antonio Anastasia, expressou seus sentimentos pela morte do jornalista. “Minas Gerais perdeu, na madrugada desta quarta-feira, um dos maiores jornalistas e cronistas do cotidiano, com a morte de Márcio Rubens Prado. Nascido em Guanhães e fiel torcedor do América, Prado nos deixa uma bela história no campo do jornalismo, que revela seu apuro na profissão, e uma obra literária apaixonada, fruto de sua habilidade ímpar de contar histórias. Em nome de todos os mineiros, transmito meus mais profundos sentimentos à sua família, aos colegas e amigos.”
Da redação - com Portal Uai
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