Após 10 dias de trabalho incessante, o Corpo de Bombeiros conseguiu extinguir o incêndio que atingia a vegetação no Parque Nacional da Serra do Cipó, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.
Os três últimos focos de incêndio que atingiam a reserva ambiental foram apagados nessa segunda-feira (20). Ao todo, 20% da vegetação do parque foi queimada e a chuva na madrugada desta terça-feira ajudou a fazer o rescaldo. Mesmo sem nenhuma queimada, ainda não há data definida para a reabertura.
O fogo começou na sexta-feira da semana retrasada nos arredores da MG-010, próximo ao Morro do Pilar. O tempo seco e os ventos fortes fizeram as chamas se espalharem rapidamente até consumir pontos importantes do Parque Nacional da Serra do Cipó, como o Travessão, Cachoeiras da Farofa, Bandeirinhas, e Retiro. Algumas nascentes e córregos também foram afetados pelo incêndio.
A área total queimada na reserva ambiental, segundo a Divisão de Monitoramento e Informações Ambientais, da Coordenação de Proteção do Instituto Chico Mendes (CGPRO-ICMBio), é de 7.505,68 hectares. O valor representa mais de 20% da área do Parque queimada. No interior da APA Morro da Pedreira foram 7.382,00 hectares queimados, nos municípios de Santana do Riacho e Morro do Pilar. “O número atual é este. Nos últimos três dias não foi possível fazer a leitura da imagem de satélite por causa do grande número de nuvens. Mas, não acredito que vai aumentar muito esse valor”, comentou o analista.
A preocupação, agora, é com a reabertura do parque. “Primeiro vamos esperar ter a certeza que o fogo não vai retornar. Toda a nossa estrutura de trabalho se volta para o combate aos incêndios. Em função disso, o atendimento ao visitante fica comprometido. Então, não temos previsão para o retorno, mas não deve demorar”, comenta Campos.
Ao todo, participaram do combate uma equipe de 45 brigadistas do ICMBio, sendo 35 do Parque Nacional da Serra do Cipó e 10 do Parque Nacional da Serra da Canastra; 41 brigadistas do Ibama, 27 voluntários, que atuaram diretamente nas frentes de fogo e em atividades de apoio logístico, como distribuição de alimentos, água, equipamentos de proteção individual (EPI´s) e funções administrativas. “Agradecemos a todas as pessoas que participaram do combate conosco. Recebemos várias formas de apoio, como brigadistas e voluntários, além de doações de alimentos. Isso é muito estimulante”, disse o analista ambiental.
Com Folha e Estado de Minas
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