Em apenas sete dias, o preço médio do litro da gasolina comum, em Guanhães, subiu 3,6%. De acordo com uma pesquisa feita pela reportagem da FOLHA, o litro custava R$ 2,79 em média, e no dia 9 de agosto em alguns postos, passou para R$ 2,89.

A fatura maior chegou rapidamente ao consumidor, desde que a Petrobras iniciou a manutenção da refinaria Gabriel Passos, em Betim, no fim de julho. A obra fez as distribuidoras aumentarem o frete para buscar gasolina em São Paulo e no Rio de Janeiro.

Com base em uma pesquisa feita ontem pela reportagem da FOLHA em postos da cidade, o preço da gasolina varia de R$ 2,82 a R$ 2,89. Nem todos os postos ainda tiveram o reajuste, mas a previsão de aumento é certa. “Está faltando gasolina no mercado, já está difícil para comprar. A qualquer hora o aumento vai chegar e a previsão de alta é grande”, comentou o gerente de um posto da cidade, Maycon Leôncio.

E com o aumento do frete, a gasolina chega mais cara para os postos, que se não repassam para os consumidores, acabam ficando no prejuízo. Segundo a gerente de outro posto, Patrícia Sette, com o aumento do preço, o ônus já começou.

“Na sexta-feira, aumentei três centavos, depois fiz novos pedidos e meu fornecedor continua aumentando. Já estou no prejuízo, porque ainda não tive coragem de repassar para os clientes. Como vou pagar minhas despesas, se a gasolina aumenta todo dia e eu não aumento meu preço?”, disse insatisfeita.

Apesar da previsão da Petrobras em concluir as obras no fim de setembro, o presidente da Federação dos Combustíveis (Fecombustíveis) Paulo Miranda disse que o mercado já trabalha com a estimativa de, pelo menos, três meses de obra. "O que pode levar o preço da gasolina, em Minas Gerais, a novos reajustes", prevê.