A paciente foi internada na quarta-feira, dia 21 e passou por exames na sexta-feira (23). O filho Antônio Ferreira da Costa, também teve problemas de saúde e ficou em observação na noite de sexta-feira. “Nesse dia, ela comentou que não queria ficar lá. Ela começou a caminhar em direção à porta, mas aí eu a levei de volta para o quarto e ela dormiu a noite inteira”, conta o filho.
Antônio conta ainda que no dia seguinte, a mãe amanheceu bem. Ele foi liberado e seu despediu dela. Mas na manhã de domingo, os familiares foram informados pela instituição sobre o desaparecimento de Ana. “Fui para o Hospital e fiquei lá o domingo inteiro e ninguém soube me informar nada. Esperei pelo diretor, mas ele não apareceu. Ninguém sabe dizer sobre o que aconteceu com a minha mãe, nem médico, porteiro ou enfermeiro”, diz Antônio ansioso para saber sobre o paradeiro da mãe.
Segundo informações de outros parentes, Ana parece ter ido embora com a roupa do hospital e descalça, já que a camisola com o nome da instituição não foi encontrada e os pertences da paciente, incluindo documentos, ficaram no quarto.
“Já fomos às casas dos parentes, à fazenda onde ela trabalha, caminhamos pela beira do rio que tem nas proximidades do hospital, mas não encontramos nenhuma pista, nem rastro dela”, relata Antônio.
Boletim de Ocorrência
O desaparecimento da paciente foi registrado por funcionários do Hospital Imaculada Conceição junto à Polícia Militar. O histórico da ocorrência diz que na madrugada de domingo (25), Ana Ferreira da Costa não conseguiu dormir e “ficou andando pelo corredor, bastante transtornada” e que em questão de minutos, ela teria aproveitado a ausência de um funcionário que saiu para um atendimento, e fugiu.
O documento oficial confirma que Ana foi embora vestida com a roupa do hospital e que policiais militares realizaram rastreamento, mas não conseguiram localizar a paciente. O Boletim de Ocorrência foi registrado por volta cinco e meia da manhã.
Direção do hospital
Em entrevista à Folha de Guanhães, o diretor do HIC, Ricardo Pimenta, confirmou ter conhecimento sobre o caso e que a iniciativa foi acionar a polícia. Quanto ao sistema de portaria da instituição, o diretor respondeu: “Aqui não é um presídio. Não temos muro e nem grade. Se qualquer ser humano quiser sair, não vai ter grandes dificuldades. Não é nosso intuito manter a pessoa aqui sem a sua vontade”.
Sobre o desaparecimento da paciente, Ricardo disse que não pode dar qualquer informação. Disse apenas que já notificaram à PM sobre o desaparecimento. “Passamos as informações e a partir daí, não podemos fazer mais nada. Se a polícia procurar a gente, vamos informar no que precisarem. Mas de maneira nenhuma, houve falta de organização na portaria. O que tínhamos que fazer, foi feito. Agora é com a polícia”.
Responsabilidade
Mas não é isso o que informam sites oficiais. De acordo com algumas pesquisas, é de praxe em qualquer instituição hospitalar, que qualquer paciente só pode ser liberado após alta médica ou se ele assinar um termo de responsabilidade alegando que não deseja permanecer na instituição.
Buscas
A família continua na busca por Ana Ferreira da Costa e pede a ajuda da sociedade. Ela é negra, alta, forte e tem cabelos pretos. Informações podem ser passadas para a Polícia Militar pelo 190 ou 3421-7600. Ou Polícia Civil pelos 3421-1778 ou 197.
Por Samira Cunha
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