Para quem tem filhos, um dos maiores gastos no início do ano é com a compra do material escolar. Com tantas despesas que se acumulam no período, as famílias ser perdem em meio a tantas contas a pagar e, muitas vezes, ultrapassam o limite orçamentário.
O primeiro passo a ser tomado antes de ir às compras é o levantamento do quanto pode ser investido em tal despesa, em seguida pesquisar bastante, negociar os valores das compras e se programar para fazê-las com antecedência para não ser obrigado a adquirir produtos mais caros e com qualidade duvidosa.
Em Guanhães, os consumidores pesquisam em até três lugares, para só então, definir onde comprar com melhores preços, formas de pagamento e qualidade. Seja por hábito ou por necessidade, para os guanhanenses a pesquisa é uma etapa importante para a realização de boas aquisições.
Numa pesquisa realizada por Diego Rafael (estagiário Folha), no comércio de Guanhães, foram encontrados consumidores impressionados com a alta dos itens de material escolar, como a moradora do Bairro Jardins II, Valquíria Marçal da Silva. “Achei os preços muito caros, um absurdo”, desabafou. “Faço sempre a cotação em dois, três lugares, antes de decidir onde comprar, mas os preços estão praticamente iguais em todos os locais”.
Valquíria que tem duas filhas, normalmente não as leva para fazer as compras, pois “elas querem os mais bonitos e geralmente são mais caros”. O mesmo acontece com Renata Coelho Aguiar, que tem dois filhos. Independentemente do gosto deles, ela leva somente o tem condições de comprar.
Segundo Renata, os preços estão mais altos, não só quando comparado com o mesmo período do ano passado, mas em relação ao final do ano: “inclusive com relação a novembro, deram uma remarcada. A compra do material escolar pesa no orçamento, por isso olho a questão do custo-benefício”, concluiu.
Nas papelarias da cidade o aumento é dado como certo. Segundo a gerente da Papelaria Arco-Íris, Janete de Oliveira Almeida, a subida gira em torno dos 15% a 30%, dependendo do produto.
O aumento acontece também na Papelaria Pires, mas bem mais modesto, onde o gerente Gleisson Bicalho Pires acredita numa subida dos preços em torno dos 10%.
Mas nem isso é capaz de diminuir as expectativas para a venda, “a procura já está bem grande, desde a semana do natal o movimento já começou, os itens mais pedidos são caderno, lápis, borracha, lápis de cor além de pincéis e tinta”, finalizou Janete.
Dicas ao ir às compras:
. Procure conversar com outros pais e tentar fazer a compra em conjunto, pois, assim, a probabilidade de conseguir preços menores aumenta;
. Junte o material escolar do ano anterior e veja a possibilidade de reutilizá-los. É possível ainda reaproveitar livros didáticos do filho mais velho para o mais novo, se for o caso. Se não der, faça uma boa ação e doe o material para crianças ou jovens de famílias que não possuem condições de comprá-los;
. Faça uma lista do que se precisa comprar, para não se perder e acabar rendendo-se aos impulsos consumistas, deixando de economizar;
. Converse com os filhos antes de sair às compras, explicando a situação em que a família se encontra e quanto poderão gastar com os materiais. Caso contrário, será muito fácil ceder aos desejos deles e, com isso, gastar mais do que o planejado;
. Quando estiver na loja, seja sincero e explique ao vendedor de forma clara o que você precisa, buscando sempre a melhor opção de pagamento. Sempre pesquise o preço a vista, isso proporcionará bons descontos. Se tiver que pagar a prazo, veja se as parcelas caberão no orçamento mensal;
. Comprar materiais escolares requer cuidados, mas o investimento vale à pena, pois é o que dará a base necessária para os estudos. Preocupar-se em economizar sem deixar de proporcionar o que os filhos precisam é essencial.
Por Folha com colaboração de Diego Rafael (estagiário Folha)
Fotos: Diego Rafael
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