O governo Dilma Rousseff (PT) decidiu abrir uma nova chamada no segundo semestre para as inscrições do Fies, programa de financiamento estudantil que sofreu restrições orçamentárias este ano.
A informação foi dada à reportagem nessa segunda-feira (8) pelo ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro, após meses de indefinição sobre a possibilidade de reabertura do crédito aos estudantes.
"Nós já resolvemos isso: a chamada para novas vagas será feita em breve, no segundo semestre", disse ele, que não detalhou, porém, a quantidade de vagas e verbas.
Na primeira chamada do Fies, foram firmados 252 mil novos contratos de financiamento estudantil. O número equivale a um terço dos 732 mil novos contratos feitos nas duas chamadas de 2014.
O governo, pelas regras do Fies, repassa às faculdades a quantia referente às mensalidades dos alunos beneficiados --que restituem os cofres públicos após formados, em dívida reajustada com juros abaixo dos de mercado.
RESTRIÇÕES
Mesmo com a decisão de fazer nova chamada de vagas do Fies, as regras mais rígidas, impostas neste ano, devem ser mantidas. Por exemplo, só poderá obter crédito estudantil quem tiver nota mínima de 450 pontos no Enem e não tiver zerado na redação do exame. Antes, não havia nota de corte.
A pasta de Educação tem a previsão de corte de cerca de 30% no orçamento deste ano comparado ao ano passado. O ministro disse que provavelmente não haverá novos projetos na pasta por enquanto. "Em tempos de corte de recursos, precisamos avaliar aquilo que estamos fazendo e como vamos seguir."
Entre os programas prioritários do ministério, de acordo com Janine, estão: 1) Ciência sem Fronteiras, responsável pelo envio de estudantes para estudar no exterior; 2) Pronatec, voltado à promoção do ensino técnico. Para educação básica, disse que pretende criar um portal na internet que relate boas práticas de professores, diretores e secretários municipais.
Por O Tempo
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