Junho chegou e com ele o alerta para evitar acidentes graves com queimaduras. As festas juninas, com o uso de balões inflamáveis, fogueiras e caldos quentes, e as férias escolares das crianças, quando muitas delas soltam pipas, são fatores que podem contribuir para o crescimento de ocorrências neste mês.
Dados da Unidade de Tratamentos de Queimados (UTQ) do Hospital de Pronto-Socorro (HPS) João XXIII, na capital mineira, mostram que pouco mais da metade dos casos de queimaduras atendidos são domésticos.
O manuseio incorreto de líquidos quentes, como óleo e água, são os principais vilões, observa o cirurgião plástico Marcus Vinicius Mourão Mafra. O uso de álcool para aquecer alimentos em substituição ao gás, visando a economia do produto, também é um sério problema.
“A quantidade de atendimentos de pessoas menos favorecidas é expressiva. Notamos que elas estão mais expostas a esses tipos de acidentes por diversos fatores, seja o tipo de habitação onde mora ou a ausência de uma formação educacional adequada”, comenta.
Já as crianças e adolescentes devem ter muito cuidado com a rede elétrica. Nesta época, por causa das férias escolares, são comuns os acidentes com pipas.
Gastos
De acordo com o cirurgião Ilmeu Dias, o custo para cada paciente de queimadura gira em torno de R$ 2 mil por dia. A vítima chega a ficar internada, em média, por dois meses. Na planilha estão incluídos a infraestrutura e o atendimento de médicos, pediatras, fisioterapeutas e psicólogos. HPS oferece 35 leitos para o setor de queimados.
Por Hoje em Dia
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