No início da semana a reportagem da Folha, logo pela manhã, às 7h, flagrou uma cena quem tem se tornado comum pelas ruas da cidade: cães de ruas/abandonados. Os pets, que nesse dia foram flagrados em bando, praticamente já fazem parte da paisagem local.
E ai vem à pergunta, o que fazer? Já que muitos deles, além de espalhar o lixo das residências e procriarem, acabam adoecendo e sofrendo acidentes devido às condições em que vivem.
Desde 2014 a cidade conta a ação da ONG Pets de Rua, uma organização não governamental, que resgate de cães de rua, doentes e/ou em risco e depois do tratamento colocar pra adoção. O tratamento é feito na medida em que recebem doações.
Mas, essa importante e voluntária ação desse grupo, encabeçado por quatro mulheres, tem ficado cada vez mais difícil devido à falta de verba. O assunto foi tratado no mês de janeiro em entrevista com as representantes da ONG, durante o Jornal da Folha.
No mesmo dia do registro da reportagem, a ONG resgatou mais um animal, dessa vez, no bairro Nossa Senhora Aparecida. E a ação foi postada na fanpage da Ong, pela presidente Nina Carla, que desabafou.
“Pessoal já falamos que não temos verbas que mês passado e esse mês não iríamos mais fazer resgate, mas como que vê um cão nessa situação e nada fazer? Muito difícil. Tentamos resolver tudo no local, mas a ferida era muito grande e não foi possível, então levamos para Clinivet onde ele foi medicado. Agora está lá no bairro sendo cuidado por uma pessoa da vizinhança. Precisamos de ajuda com ração, com medicamentos e com a boa vontade dos vizinhos colocando água. A ONG não tem condições de fazer tratamentos agora por falta de verba, a cada dia que passa fica mais difícil, então nos ajude como puder dá forma que puder. Toda ajuda é válida, ele não tem culpa de estarem soltos pra rua afora.”
Com a ajuda da população, e em menos de dois anos, a Organização realizou mais de 250 atendimentos, sem contar as mais de 200 doações responsáveis, porém, no momento, a situação está complicada e os membros não sabem se terão como continuar o trabalho.
“Estamos com a conta praticamente zerada. Cada dia mais e mais animais nas ruas. Durante todo esse tempo trabalhamos sozinhos, sem ajuda nenhuma do município, a partir de agora não sabemos se vai dar para continuar. Nós não estamos recebendo solicitações da população porque não temos como atendê-las”, afirmou Nina.
Cadê o canil?
De acordo com a Presidente, a última verba que o município repassou para a ONG foi em 2015, à antiga direção, e seria para a construção do canil, mas ele não foi terminado e está sem condições de receber os animais. Ainda segundo informações da presidente, a verba não foi repassada para a atual direção da Associação.
“Não temos como mexer no canil. A verba não foi repassada para nós. Os cães que resgatamos e tratamos, ficam hospedados em nossas casas. Mas são muitos, e isso nos impossibilita de atender todos”, lamenta.
Por Folha
Deixe um comentário