A Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig) realizou, em Água Boa, na região do Rio Doce, o dia de campo “Tecnologias para a produção de café Conilon”.
O evento apresentou os resultados de experimentos com as variedades Vitória 9142 e Robustão Capixaba realizados entre 2009 e 2014 em uma propriedade do município, com acompanhamento de pesquisadores e bolsistas da Epamig Sul de Minas.
“Os estudos apontaram grande potencial para o cultivo do conilon nesta região, que se caracteriza pela baixa altitude (cerca de 400m) e pelas altas temperaturas”, afirma o coordenador do Programa Estadual de Cafeicultura da Epamig, César Elias Botelho.
Proprietário da Fazenda Surubim, onde foram realizados os experimentos e o dia de campo, Valdemar Monteiro dos Santos, o Totim, está otimista e pretende aumentar área plantada, que atualmente é de cinco hectares. “Vou diminuir o número de vacas e a área de pasto e investir em café que está tendo um bom mercado. Nos dois últimos anos vendi toda minha produção cerca de 30 dias antes da colheita”, conta.
Dados da Emater Regional apontam que desde a implantação do experimento em 2009 mais de 100 hectares de café conilon foram plantados no município.
O viveirista Edivaldo Batista Machado dedica-se há três anos à produção de mudas de café conilon e tem clientes nos municípios de Água Boa, Santa Maria do Suaçuí, São Pedro do Suaçuí, Angelândia e José Raydan.
“Minha família sempre produziu leite e cachaça. Quando percebi o crescimento da cafeicultura na região decidi participar de treinamentos e produzir mudas. Trabalho sob demanda e a procura vem crescendo ano a ano”, afirma.
Por Agência Minas/Edição Folha
Foto: Experimentos em Água Boa foram realizados entre 2009 e 2014, com participação de pesquisadores/ Erasmo Pereira
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