A Escola Estadual Odilon Behrens realizou na sexta-feira, 04, no plenário da Câmara Municipal a X Noite Poética.
O evento, que neste ano foi coordenado pelo trio de professores de Língua Portuguesa da instituição, Carmelina Francisca Rosa, Diego Oliveira Perpétuo e Maria do Socorro Barroso Mourão, reuniu alunos formandos do 3° ano dos turnos manhã, tarde e noite e ainda professores, diretores e autoridades municipais.
Todo ano é escolhido um poeta para ser homenageado. Neste ano a contemplada da noite foi a poetisa Cecília Meireles.
Para a idealizadora e organizadora do evento por nove anos, professora Selma Drumond Magalhães, a cada edição o sucesso têm aumentado. “Esse evento só traz grandes alegrias para todos nós, principalmente para mim. Cada vez mais lindo, mais belo e cheio de atrações que agradam a todos”, afirmou.
Selma compartilha que sente saudades de participar da organização. “Foi um projeto que iniciei há dez anos, inicialmente nos turnos da manhã e da tarde, e agora da noite. É cultura, e a cultura jamais pode ser extinta. Ela tem que ser perpétua, e foi isso que aconteceu aqui. O projeto continuou. Sinto saudades, mas certamente terei o privilégio de fazer outras noites poéticas”.
Quando questionada sobre a homenageada da noite, Cecília Meireles, Selma, afirma que a poetisa em sua ‘íntegra’ recusa comentários. “É uma grande poetisa que nós temos. Imortal. Todas as suas poesias encantam a todos e o encanto maior é poder sentar e ouvir Cecília Meireles. Quisera o mundo todo ouvir Cecília Meireles, nossas vidas seriam mais banhadas de coisas boas, coisas retiradas da alma. É a sensibilidade que tanto precisamos nestes dias de turbulência que estamos atravessando”, finaliza.
Para a professora Maria do Socorro Barroso Mourão, os alunos mostraram grande interesse e vontade de participar.
Outro professor responsável pela coordenação do evento, Diego Oliveira Perpétuo, contou à Folha que os apoios foram fundamentais para a concretização do projeto. “Foi muito bom ter a colaboração dos alunos, da direção da escola e do espaço cedido pela Câmara Municipal. Tivemos vários colaboradores e sem eles a Noite Poética não aconteceria”, contou.
Carmelina Francisca Rosa afirmou que os professores não estavam a espera de tanta aceitação. “Foi tudo muito rápido. Menos de 30 dias para organizar, preparar as poesias. Mas no fim, tivemos o resultado que queríamos”, finaliza.
O evento apresentado pelo professor Luís Carlos Pinto e pela estudante, Mariana Borges, contou com apresentações de duas alunas do Instituto Presbiteriano Gammon (IPG), Camila e Éllen. Elas arracaram aplausos da platéia com as músicas, Carinhoso, de Pixinguinha e Titanium, de David Guetta. Mais de 25 estudante das salas 01, 02, 03, 05 e 07, dos turnos da manhã, da tarde, e da noite, recitaram as poesias de Cecília Meireles.
Também participaram de apresentações musicais um grupo de cinco alunos da sala 01 do turno da manhã, com a música gospel, Sonda-me, de Aline Barros, e outro aluno com a música Pisando Descalço, de Maneva.
No fim da noite aconteceu ainda uma apresentação teatral denominado Círculo, pelos alunos da sala 07 do turno da tarde que também apresentaram a música, Sem Radar, de LS Jack.
Cecília Meireles
Cecília Benevides de Carvalho Meireles nasceu no bairro da Tijuca, Rio de Janeiro, em 7 de novembro de 1901, filha dos açorianos[2] Carlos Alberto de Carvalho Meireles, um funcionário de banco, e Matilde Benevides Meireles, uma professora.[1] Cecília Meireles foi filha órfã criada por sua avó açoriana, D. Jacinta Garcia Benevides, natural da ilha de São Miguel. Aos nove anos, ela começou a escrever poesia. Freqüentou a Escola Normal no Rio de Janeiro, entre os anos de 1913 e 1916 estudou línguas, literatura, música, folclore e teoria educacional.
Em 1919, aos dezoito anos de idade, Cecília Meireles publicou seu primeiro livro de poesias, Espectros, um conjunto de sonetos simbolistas. Embora vivesse sob a influência do Modernismo, apresentava ainda, em sua obra, heranças do Simbolismo e técnicas do Classicismo, Gongorismo, Romantismo, Parnasianismo, Realismo e Surrealismo, razão pela qual a sua poesia é considerada atemporal.
Teve ainda importante atuação como jornalista, com publicações diárias sobre problemas na educação, área à qual se manteve ligada, tendo fundado, em 1934, a primeira biblioteca infantil do Brasil. Observa-se ainda seu amplo reconhecimento na poesia infantil com textos como Leilão de Jardim, O Cavalinho Branco, Colar de Carolina, O mosquito escreve, Sonhos da menina, O menino azul e A pombinha da mata.
Por Folha com colaboração estagiário Diego Rafael
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