Na oferta, o Estado nivela professores de nível médio, superior e até aqueles com pós-graduação e com tempo de serviço distintos no mesmo patamar com remuneração mínima de R$ 712,20, além do pagamento dos benefícios. A mudança no contracheque valeria a partir de janeiro do ano de 2012.
A crítica da categoria é que a proposta do governo vale apenas para os professores, e não inclui os demais servidores da educação. “O governo está desvalorizando a carreira dos professores. Além de ser só para professor, o salário é o mesmo para todos, não importa a escolaridade ou tempo de serviço. Não tem lógica, não podemos aceitar isso”, reclamou a representante do Sind-UTE na região de Guanhães, Sévera Pimenta.
De acordo com Sévera, a categoria não aceita outra proposta a não ser o pagamento do piso de R$ 1.187,97 , conforme a lei determina. A próxima assembleia será realizada no dia 8 de setembro.
Volta às aulas
E é em meio a esse impasse, que em Guanhães, professores decidem voltar às salas de aula. Na manhã desta quinta-feira (01/09), a reportagem da FOLHA recebeu o comunicado de que quatro professores da Escola Estadual Padre Café, que estavam em greve, decidiram retomar às atividades na próxima segunda-feira (5). Com a notícia, cerca de 100 alunos, prejudicados há tanto tempo, voltam para às salas.
Para Sévera, mesmo com a saída de alguns professores, o movimento continua crescendo. “Preocupamos com os alunos, o governo é que não está nem aí. E mesmo com a saída desses professores, a greve tem crescido. Algumas pessoas saem, mas outras tantas entram. Atualmente mais de 50% das escolas estão em greve”, disse.
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