O mundo inteiro comemora no dia 14 de abril um de seus produtos preferidos: o café. Conhecido por pingado, média, carioca, curto, expresso, cappuccino, de acordo com as formas de preparo ou combinação com outros ingredientes, o café é consumido por nove entre dez brasileiros acima de 15 anos, segundo dados da Associação Brasileira da Indústria de Café (ABIC).
Em Guanhães, não poderia ser diferente. Cada vez mais pessoas da cidade consomem o produto, seja durante o café da manhã, após o almoço ou até mesmo durante o expediente.
A professora Lucimar Moreira, de 48 anos, diz tomar duas xícaras de café diariamente, uma de manhã e outra à tarde. E opina: “os guanhanenses tomam bastante café, isso já vem do tempo de nossos avós. Sempre quando vamos à mercearia, vemos os carrinhos cheios de pacotes de café”.
A professora conta que além do café tradicional, gosta de quitutes do mesmo sabor. “Aprecio bastante os quitutes sabor café, principalmente a bala de café, é a minha preferida”, conclui.
Já o sitiante Antônio Miranda Nunes, de 66 anos, é um adepto fiel do cafezinho. Ele conta que toma no mínimo três xícaras de café ao dia.
Antônio ainda ensina uma receita com o café que ajuda a “espantar a gripe”, o ‘queimadinho’ ou ‘queimadinha’ como é também conhecida a bebida. “Você faz o café, de preferência com rapadura e depois ferve o leite, quando estiver fervendo e quando começar a aparecer uma fumaça, coloca o café. O queimadinho é ótimo para espantar a gripe, além de ser uma beleza para espantar o friozinho”, explica.
Benefícios e malefícios
Para quem tem o hábito de degustar diariamente o famoso “cafezinho”, sempre ficam dúvidas em relação aos benefícios e malefícios do mesmo.
Conheça alguns efeitos do café no nosso organismo e tire suas dúvidas:
Insônia
O consumo de cafeína bloqueia a ação de um componente químico do cérebro, que é responsável por determinar a necessidade de sono e despertar a vontade de dormir. Como os efeitos da cafeína persistem por quatro a seis horas após o consumo, é preciso tomar cuidado para que o café não resulte na dificuldade para dormir.
Câncer de útero
Mulheres que tomam muito café têm menos chance de desenvolver câncer de útero, diz estudo realizado pelo Ministério da Saúde do Japão.
Depois do almoço
Os adeptos daquele cafezinho depois do almoço têm 34% menos risco de desenvolver diabetes tipo 2, concluiu um estudo francês.
Câncer de pele
O consumo diário de café reduz o risco de desenvolver basalioma, forma de câncer de pele mais frequente, segundo estudo publicado nos Estados Unidos. Segundo os autores do estudo, as mulheres que bebem mais de três xícaras de café por dia têm reduzido em 20% o risco de desenvolver a doença, em comparação com aquelas que consomem pouco ou nenhum café.
Colesterol
Os especialistas orientam evitar somente o consumo do café expresso, que possui cafestol, capaz de elevar os níveis de colesterol - essa substância sequestra os receptores do intestino responsáveis por manter essas taxas estáveis.
Quantidade recomendada de café diariamente
De acordo com a ABIC a dose ideal de café para consumo diário é de 200 ml para crianças até aos 10 anos, de 350 ml até aos 15 anos, de 400 ml até aos 20 anos e a partir dos 20 anos, 600 ml de café diário.
Já para as pessoas com 60 ou mais anos, o ideal é fazer uma redução do consumo para os 350 ml.
História
O café chegou ao norte do Brasil, mais precisamente em Belém, em 1727, trazido da Guiana Francesa para o Brasil pelo Sargento-Mor Francisco de Mello Palheta a pedido do governador do Maranhão e Grão Pará, que o enviara às Guianas com essa missão. Já naquela época o café possuía grande valor comercial.
Palheta aproximou-se da esposa do governador de Caiena, capital da Guiana Francesa, conseguindo conquistar sua confiança. Assim, uma pequena muda de café Arábica foi oferecida clandestinamente e trazida escondida na bagagem desse brasileiro.
Devido às nossas condições climáticas, o cultivo de café se espalhou rapidamente, com produção voltada para o mercado doméstico. Em sua trajetória pelo Brasil o café passou pelo Maranhão, Bahia, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná e Minas Gerais.
Num espaço de tempo relativamente curto, o café passou de uma posição relativamente secundária para a de produto-base da economia brasileira. Desenvolveu-se com total independência, apenas com recursos nacionais, sendo a primeira realização exclusivamente brasileira que visou a produção de riquezas.
Por Folha com colaboração estagiário Diego Rafael
Deixe um comentário