A Organização Mundial de Saúde revelou que o tabagismo é a principal causa de morte evitável no mundo, respondendo por óbitos relacionados a doenças crônicas pulmonares, coronarianas, cerebrovasculares e ainda vários tipos de câncer. Por esse motivo muitas pessoas tentam parar de fumar, o que não é uma tarefa fácil.
Para o jornalista Paulo Ferreira, de 58 anos, a ansiedade e a dependência física à nicotina, são os principais obstáculos. Ele que começou a fumar aos 14 anos, já tentou por diversas vezes ficar longe do fumo, mas ainda não conseguiu.
“Já consegui ficar mais de um ano sem fumar, e depois voltei. Tenho muita vontade de parar definitivamente, pela minha saúde e também por conta dos gastos no final do mês, que acabam pesando”, compartilhou. Paulo chega a gastar mais de R$ 500,00 por mês com o vício.
Pedro Ferreira, de 26 anos, que já está há quatro meses longe do cigarro, também compartilhou suas experiências na luta contra o vício. “Comecei a fumar aos 15 anos, quando o uso era esporádico, só em festas. Depois a freqüência foi aumentando. Cheguei a fumar mais de um maço por dia, e antes já havia tentado parar algumas vezes, mas não consegui.”
Depois das tentativas frustradas, Pedro chegou a uma conclusão: “Não posso dar o primeiro trago. Para quem quer parar de fumar, essa tem que ser a primeira regra. Somente assim estou conseguindo”, salientou.
Para o jovem, lidar com a rotina sem o cigarro é a parte mais difícil. “Eu já tinha um “esquema armado” durante o dia, os horários certos de fumar. A hora que sinto mais falta é após as refeições, em especial o almoço, e depois do cafezinho,” contou. Como alternativa, ele parou de tomar café, e após as refeições acaba exagerando nos doces.
“Meu apetite aumentou muito depois que parei, e a necessidade de ingerir doces também. Mas, isso é só o início. Daqui para frente, pretendo melhorar minha alimentação e praticar atividades físicas, já que o meu objetivo, quando decidi parar, era justamente adotar uma vida mais saudável”, concluiu.
Pedro contou à reportagem da Folha que já nota benefícios do abandono do vício, como por exemplo, diminuição do cansaço e mais disposição.
Já a guanhanense e professora, Angela Aguiar, abandonou o cigarro de vez há quatro anos. Ela começou a fumar com 20 anos e só parou 40 anos depois, aos 60, quando um médico sugeriu a ideia, por conta de alguns problemas de saúde.
Angela contou à reportagem da Folha, que hoje, aos 64, sua qualidade de vida mudou muito depois que parou de fumar: “Meu aparelho respiratório é outro. Respiro melhor, as tosses diminuíram muito e meu paladar também melhorou 100%”, ressaltou.
A professora deixa uma dica valiosa aos que querem largar o vício: Força de vontade. Para ela, não há remédio melhor, e foi o único que realmente funcionou.
Por Folha
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