Segundo um morador da cidade que acionou a reportagem da Folha, além de não serem pavimentadas e de não possuírem rede de esgoto, as Ruas Maria do Amparo Barroso e Ana Senhorinha dos Santos, que ficam em frente à Igreja Católica, também não possuem rede pluvial, formando um verdadeiro lamaçal.
As fotos do local, enviadas à redação do jornal, retratam a situação em que eles vivem. A combinação de esgoto, água das chuvas e a lama, causam transtornos no dia-a-dia dos moradores, além de oferecer riscos à saúde.
Segundo a moradora Tefília da Paixão Dias, há anos que a situação é a mesma. “Morar aqui está terrível, o cheiro insuportável, a enxurrada já chegou a invadir a minha casa. Inúmeras vezes procuramos a administração municipal para relatar o problema, mas até o momento, nenhuma medida foi tomada”, disse.
Para chamar a atenção das autoridades, o marido de Tefília fez um protesto irônico: colocou em frente ao lago de lamas uma placa com a mensagem “Proibido Pescar”. “Acho que nem mesmo os peixes sobreviveriam a tanta lama”, comentou.
Antes mesmo de morar no bairro, o taxista Geraldo Pian Pereira, já está preocupado. Há pouco tempo ele comprou uma casa no local, e agora sofre dobrado com os transtornos da reforma. “Estou reformando a casa na lama. Já procurei a prefeitura e um dos assessores do prefeito me disse pra jogar o esgoto na rua. Hoje eles colocaram um cano para retirar o excesso de água, mas isso não resolve o nosso problema. Os moradores já estão cansados não aguentam mais viver desse jeito”, desabafou.
A reportagem da Folha entrou em contato com a prefeitura de Rio Vermelho, para saber quais providências podem ser tomadas e se existe algum projeto para o bairro, mas até o fechamento da edição do Jornal da Folha desta quarta-feira, ninguém atendeu a ligação.
Deixe um comentário