Segundo informações do delegado da cidade, Rodrigo Leão, aproximadamente 70% dos inquéritos que entraram no mutirão, não terão sucesso em suas conclusões. “Quando a denúncia não é apurada no calor dos fatos, é muito difícil angariar provas. Também fica difícil identificar as autorias, porque as pessoas já não são facilmente encontradas, podem ter morrido ou se mudado, então as provas se perdem. Mas, às vezes, a gente consegue elucidar os fatos”, explica o delegado.
Outro motivo que leva esses inquéritos para o arquivo é que a maioria deles já prescreveu, mas independente disso, precisam ser finalizados. “A nossa ideia é concluir esses inquéritos antigos o mais rápido possível, pois não podemos simplesmente ignorar e arquivar. Temos que procurar concluir com a maior brevidade, pra dar prioridade aos casos atuais, com serviço de maior qualidade”, alega Rodrigo Leão.
O delegado explica ainda que casos pendentes por muitos anos interferem no movimento da máquina do estado. Afinal os mesmos recursos humanos e materiais trabalham nos casos antigos e nos atuais.
Segundo informações do inspetor que está engajado nesse mutirão, Wander Wilson Cleiton Lima Santos, a maioria dos crimes está entre menos graves, como agressões, maus tratos, pequenos furtos e roubos, mas há também crimes de violência domestica e danos a patrimônio público. “Estamos liquidando, por dia, praticamente dois inquéritos antigos e estamos trabalhando até em horário de almoço para cumprir nossa meta”, relata o inspetor.
Apesar do mutirão, a delegacia não para. Os casos recentes mais graves continuam na lista de prioridades nas investigações.
Por Samira Cunha
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