A sala repleta de alunos desafia o ditado popular de que os jovens não apreciam música clássica e erudita. Muito pelo contrário, como afirmam três instrumentistas ainda adolescentes, que cresceram ouvindo e tocando música clássica na Escola de Arte Miúda, em Diamantina, no Território Alto Jequitinhonha. Em meio à agenda atribulada de compromissos, eles desdobram-se para conciliar os estudos, com a paixão pela música.
A estudante Sabrina Emanuelly Costa, por exemplo, divide o tempo entre o bacharelado de Ciência e Tecnologia com as aulas de ballet e flauta transversal.
A Escola de Arte Miúda, um dos cartões postais de Diamantina, localizada no centro histórico da Cidade, existe há 28 anos. É tradicionalmente conhecida por suas apresentações nos principais eventos de Diamantina e região. Dentre os cursos oferecidos estão os de instrumentos, musicalização infantil, teoria musical, canto coral, balé e artes plásticas.
No entanto, a deterioração da casa, com mais de um século de existência, comprometia as aulas e apresentações. O imóvel, tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), foi reformado e restaurado pelo Governo de Minas Gerais, no final do ano passado, e agora, devidamente estruturada, a escola de música segue com a missão de formar em música pessoas sensíveis e de visão apurada pela arte.
De acordo com a diretora da Arte Miúda, Soraya Alcântara, a casa recebe a visita de cerca de 500 pessoas por mês. “O nosso papel é pesquisar, resgatar, estudar e divulgar a história musical de Diamantina”, afirma a diretora.
Também vale destacar o papel social da Arte Miúda, de oferecer aulas gratuitas às crianças carentes. “Pelo Projeto Adoção fazemos uma pesquisa nas escolas em busca de novos talentos artísticos musicais. Com isso, as crianças ganham a oportunidade de frequentar a Arte Miúda gratuitamente”, explica a diretora.
A Escola de Arte Miúda funciona de segunda a sábado na Rua da Glória 252, em Diamantina. Telefone (38) 3531-1191.
Por Folha com Agência MInas
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