Com a chegada da Páscoa, o consumo de peixes, chocolates e doces aumenta significativamente, se comparado com outras épocas do ano, mas esse período não precisa ser sinônimo de exageros na alimentação. Por isso, a Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) dá dicas de como se alimentar e aproveitar esse momento com mais saúde.
De acordo com as nutricionistas da Coordenadoria de Alimentação e Nutrição, da Diretoria de Promoção à Saúde e Agravos Não Transmissíveis da SES, Joyce Mara Xavier e Juliana Guimarães, o peixe é o alimento tradicionalmente consumido nesta época, principalmente na Sexta-feira Santa.
O bacalhau é uma boa opção devido ao seu potencial nutritivo, rico em vitaminas B1 e D, sódio, magnésio, proteínas e ácido graxo ômega-3 e ômega-6, grandes aliados na prevenção de doenças cardiovasculares. É considerado um prato muito saudável. “A dica é sempre ficar atento à quantidade de carboidratos dos acompanhamentos, tais como arroz e batatas”, ressalta Joyce. Outras opções, que podem deixar o cardápio muito mais saudável são salmão, pescada, atum, sardinha e linguado.
Lembre-se dos cuidados necessários para a compra de peixes frescos: observar couro/escama firme e bem aderida, úmida e sem a presença de manchas; os olhos devem ser brilhantes, salientes e transparentes; as escamas devem ser unidas entre si, brilhantes e fortemente aderidas à pele; as brânquias (guelras) devem possuir cor que vai do rosa ao vermelho intenso, ser brilhantes e sem viscosidade e, por fim, com odor característico e não repugnante.
Chocolates
Considerado um dos símbolos da Páscoa, o chocolate, que pode ser consumido em diversos formatos (barra, bombom ou ovo), é um alimento hipercalórico, com baixa qualidade nutricional, e contém 47 substâncias que podem levar à compulsão alimentar. Juliana ressalta que é preciso cuidado na hora de consumir o doce.
“A dica para sobremesa é consumir frutas in natura ou doces de frutas, que além de serem menos calóricas são nutritivas e ricas em fibras. Porém, se a vontade de comer chocolate for irresistível, prefira os ovos de Páscoa na versão meio amargo ou com uma maior concentração de cacau (acima de 75%), já que os outros tipos de chocolates, como ao leite, branco e trufado, entre outros, são preparados com muito açúcar e gorduras. Quando consumidos em excesso podem trazer prejuízos à saúde”, explica a nutricionista.
A orientação é não substituir uma refeição por uma quantidade maior do chocolate. “Não pense apenas em equilibrar calorias porque o corpo precisa de nutrientes. De nada adiantará, pois o excesso de açúcares e gorduras irá ser acumulado na forma de gordura, mesmo dentro da quantidade calórica calculada para a refeição. Para ter uma ideia, comer 100 gramas de chocolate ao leite é a mesma coisa que comer um hambúrguer com batatas fritas pequenas e um copo pequeno de refrigerante. Uma boa dica é consumir o chocolate em pequenas porções por dia. Tente consumir no máximo 30 a 40 gramas diárias (equivalente a 3 a 4 quadradinhos da barra comum)”, finaliza Juliana.
Na hora da compra dos ovos de Páscoa, é importante ficar de olho e evitar produtos com embalagens sujas, amassadas, com furos, abertas ou com outros sinais de alteração. E as dicas para não sair da Páscoa com peso na consciência são: não optar pelas versões diet ou light querendo se livrar da culpa, eles são tão calóricos quanto os tradicionais e, se receber muitos ovos de presente, divida entre os amigos e a família.
Por Agência Minas
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