A posse do Conselho Consultivo do Parque Estadual do Candonga foi realizado nesta sexta-feira, às 14 horas, na Câmara Municipal da cidade.
O representante da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e desenvolvimento Sustentável e Chefe do Escritório Regional do Instituto Estadual de Floresta (IEF), Edenilson Cremonini, fez o primeiro discurso e afirmou a partir do momento que os membros do Conselho tomaram posse, todos terão mais responsabilidade em preservar o local, “é um bem de toda a sociedade”, afirmou.
Edenilson explicou a importância do Conselho: “Esse Conselho tem o direito de influenciar nas tomadas de decisão, juntamente com o gerente da Unidade de Conservação, sobre os empreendimentos que possam ocorrer no entorno da unidade, inclusive nas ações que possam impactar o ambiente”, esclarece.
De acordo ainda com o representante do Estado, esse é o primeiro passo para a regularização da área de preservação como “Parque”. “A partir daí, o Conselho Consultivo vai elaborar o plano de manejo e, posteriormente, a regularização fundiária”, informou.
“Hoje em dia se fala muito na questão hídrica, e o Parque abriga várias nascentes dentro das propriedades e hoje, com a posse do Conselho, a importância da área aumenta muito mais, principalmente por causa da diversidade de animais e da biodiversidade como um todo que existente no local”, finaliza.
Segundo o engenheiro florestal, gerente do Parque e presidente do Conselho, Hermógenes Ferreira Neto, “vários passos já foram dados para chegarmos até aqui, como a eleição dos membros do Conselho e, hoje, aconteceu a posse dos eleitos”.
“Sinto-me realizado. Não faria nenhum sentido continuar a cuidar do Parque sem a ajuda da sociedade e, o maior desafio agora, é o apoio e o reconhecimento da população de Guanhães e região”, informou .
A redação da Folha questionou a participação dos índios da etnia Pataxó, que moram na Fazenda do Candonga, no processo de regularização da área e a resposta obtida foi que “ a participação dos indígenas neste processo não é necessária, uma vez que o Parque é ‘legal’ e os índios estão lá por ocupação do local, sem nenhuma legalidade”, informou o gerente e presidente do Conselho.
Hermógenes ainda explicou que “o processo de regularização não pode parar por causa da presença deles”.
O engenheiro acrescentou, ainda, que a permanência dos indígenas na área é mais uma questão política entre a direção do Instituo e da FUNAI. “A Fundação é uma boa parceira e a relação entre os dois órgãos é muito tranquila”, finalizou.
Hermógenes disse que a primeira reunião do Conselho será na próxima quarta-feira (01), para discutir o regimento interno e preparar um calendário para as reuniões do ano e para as visitações do público em geral ao Parque.
Para a representante do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) e membro do Conselho, Ludmila Pinto Ávila, “é uma emoção muito grande, é uma satisfação estar representando, no meu caso, o Instituto Mineiro de Agropecuária nesse projeto. É uma satisfação estar podendo dar opiniões e ajudar com a Unidade de Conservação, para que a gente possa ver o Parque, a cada dia, melhor e crescendo”.
E continua, “será um atrativo e tanto para o turismo de Guanhães, ter a unidade aberta para visitação do público é um ganho para toda a sociedade. É uma unidade de conservação muito bonita, tanto crianças, como idosos vão sair ganhando”, conclui Ludmila.
O Conselho será constituído por representantes dos seguintes instituições: órgão públicos ambientais, órgãos públicos de áreas afins, secretarias de segurança pública, Comitês de Bacias Hidrógráficas, associações afins, comunidades científicas, instituições de ensino, empresas públicas, concessionárias, sociedade economia mista, setor privado, federações e sindicatos, entre titulares e suplentes.
Por Folha com colaboração dos estagiários Folha Junia Adrielle e Diego Rafael
Fotos: Diego Rafael
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