No mês de abril, a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) finaliza a série de visitas técnicas aos 15 municípios com jurisdição indígena do estado, entre eles Guanhães, Carmésia e Açucena.
A proposta é ampliar o diálogo com 8 etnias das aldeias mineiras, para a elaboração de uma nova Política Estadual de Saúde Indígena para o ano de 2016.
O cuidado com a equidade é prioridade e por isso os trabalhos estão sendo geridos em parceria com um grupo gestor formado por representantes do governo federal, Estado, municípios e lideranças indígenas.
Em campo, os técnicos fazem um levantamento da situação da estrutura das unidades básicas de saúde indígena das aldeias, de seu perfil epidemiológico e de suas condições sanitárias, bem como efetivarem uma gestão mais participativa com as lideranças indígenas de cada município.
Essas encontros são realizados com a participação do responsável pela saúde indígena da regional a qual o município se integra e membros das secretarias municipais de saúde.
Próximos passos e investimentos
Com a finalização das viagens, a SES-MG promoverá oficinas reunindo não apenas integrantes da Coordenação de Saúde Indígena e demais setores da Secretaria de Saúde, como buscando parcerias junto a outros órgãos e secretarias do Governo de Minas, a fim de fortalecer o subsistema de saúde indígena no Estado de Minas Gerais por meio da construção de uma Política Estadual de Saúde Indígena mais abrangente e que atenda às necessidades de saúde dessa população em Minas.
Os Conselhos Locais de Saúde Indígena, compostos pela comunidade e pelos gestores municipais, serão os responsáveis pela definição de quais linhas de atuação serão implantadas nas aldeias, considerando as necessidades locais.
Política Estadual
A Política Estadual de Saúde Indígena tem como foco o atendimento a oito etnias presentes no estado: Pataxó, Pankararú, Xucurú Kariri, Maxakali, Mokuriñ, Kaxixó, Krenak e Xacriabá. Elas estão distribuídas em 15 municípios mineiros: Açucena, Araçuaí, Bertópolis, Caldas, Campanário, Carmésia, Coronel Murta, Guanhães, Itapecerica, Ladainha, Martinho Campos, Resplendor, Santa Helena de Minas, São João das Missões e Teófilo Otoni.
O objetivo é o atendimento em diversas linhas de atuação: saúde indígena, infraestrutura, saúde bucal, vigilância epidemiológica, promoção, prevenção e educação sanitária, saúde mental, transporte sanitário indígena (sistema viário), e manutenção da medicina tradicional indígena.
Por Folha com Agência Minas
Foto: Agência Minas
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