A partir de julho, a umidade relativa do ar em Minas Gerais fica muito baixa, proporcionando o ocorrência de queimadas, que podem causar interrupções no fornecimento de energia elétrica para os consumidores da Cemig.
De acordo com informações da empresa, em 2015 ocorreram 643 desligamentos em virtude de incêndios, que afetaram mais de 396 mil consumidores no Estado, com destaque para as regiões Leste e Norte de Minas Gerais.
Somente nos primeiros seis meses deste ano foram 86 interrupções que prejudicaram o fornecimento de energia para aproximadamente 16 mil clientes da companhia.
Ao atingir redes de distribuição, os incêndios podem provocar a queima de postes e cruzetas de madeira e, consequentemente, o rompimento dessas estruturas e de cabos condutores. O gerente do Centro Integrado da Operação da Distribuição, Carlos José Thiersch, destaca que, nesses casos, é necessário substituir os materiais, atividade que exige um tempo maior para religar os circuitos atingidos.
“Há também o risco de curtos-circuitos em linhas de transmissão e de distribuição de energia elétrica, causados pelo aquecimento das proximidades dos cabos condutores”, ressalta o gerente da Cemig.
Além dos riscos para o setor elétrico, as queimadas prejudicam a
visibilidade nas estradas, reduzem a produtividade da terra nas áreas de cultivo, provocam aumento da poluição e afetam a qualidade do ar. Os incêndios causam também inúmeros problemas ambientais e colocam em risco a vida de diversas espécies da fauna brasileira.
A Cemig lembra que é proibido o uso de fogo em áreas de reservas ecológicas, preservação permanente e parques florestais. De acordo com a legislação, o indivíduo que cometer o crime ambiental terá que responder a processo, com possibilidade de prisão, e deverá pagar multa pelo dano ambiental causado.
Por Agência Minas/Edição Folha
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