Nessa quarta-feira (16) foi o Dia Internacional para a Preservação da Camada de Ozônio e o Brasil tem motivos para comemorar. Entre 2012 e 2015, o país reduziu em 16,6% o uso de substâncias com potencial de destruir o ozônio, segundo o Ministério do Meio Ambiente. O resultado supera a meta de 10% de redução prevista pelo Protocolo de Montreal para países em desenvolvimento.
A nova meta brasileira, para 2020, é eliminar em 40% o uso de matérias-primas danosas à camada de ozônio, com a mudança das tecnologias usadas por setores industriais, em especial os de espumas de poliuretano e refrigeração.
O Protocolo de Montreal é um compromisso firmado por 197 países para proteger a camada de gás ozônio que circunda o planeta e filtrar os raios solares UVB, prejudiciais à saúde. Até agora, 48 países desenvolvidos e 148 em desenvolvimento têm metas para que a humanidade elimine o uso de produtos químicos que danificam essa camada protetora.
A camada de ozônio
O ozônio é um gás composto por três átomos de oxigênio que se concentra a uma altitude de 20 e 35 km e forma uma camada protetora em volta da Terra, a camada de ozônio. O gás é o único da atmosfera terrestre que filtra a radiação ultravioleta do tipo B (UV-B).
O especialista colombiano Miguel Quintero, consultor das Nações Unidas sobre o tema, afirmou que a exposição dos seres humanos a esses raios UV-B está associada ao desenvolvimento do câncer de pele, riscos de danos à visão, envelhecimento precoce e supressão do sistema imunológico.
Segundo ele, na década de 70 cientistas descobriram que a camada de ozônio estava sofrendo com os efeitos da poluição causada pela industrialização mundial e que havia um “buraco”, uma área com quantidade muito baixa de ozônio, sobre a Antártica. O processo de diminuição da concentração de ozônio vem sendo acompanhado em todo o mundo desde o início da década de 1980.
De acordo com Quintero, a expectativa dos especialistas que dão suporte científico ao Protocolo é que a concentração de ozônio na estratosfera retorne aos mesmos níveis de 1980 em 2050. “Em 2030, o Protocolo haverá prevenido 2 milhões de caso de câncer de pele por ano”, concluiu o especialista.
Por Agencia Brasil/Edição Folha
Deixe um comentário