Duas novas suspeitas de febre maculosa em Belo Horizonte acendem o alerta no sistema de saúde da capital. Somente este ano, Belo Horizonte soma 17 notificações de febre maculosa brasileira.
Na última segunda-feira (12) exames confirmaram que a morte de um menino de 10 anos, em 28 de agosto, foi causada pela doença. Neste fim de semana, dois homens foram internados depois de examinados em unidades de pronto-atendimento de BH com sintomas da febre e relato de contato com cavalos, um dos hospedeiros do carrapato-estrela.
Um dos pacientes, um homem de 82 anos, relatou ter tido contato com cavalos na cidade de Guanhães. Ele deu entrada na UPA com febre, dor no corpo e manchas vermelhas.
Nenhum dos dois relatou ter ido à Pampulha, onde a doença vem sendo atacada em Belo Horizonte.
A reportagem da Folha FM entrou em contato com a Vigilância Epidemiológica de Guanhães, que já está ciente do caso e informou que já está investigando a situação, mas que o paciente viajou por outras cidades além de Guanhães.
Ainda segundo o setor, o último caso notificado em Guanhães aconteceu no ano de 2012 e mesmo assim não foi confirmado.
Situação dos pacientes
Ao identificar os sintomas e o histórico de contato com o parasita que pode ser hospedeiro da bactéria causadora da doença, os médicos encaminharam os pacientes para o Hospital Eduardo de Menezes, no Bairro Bonsucesso, na Região do Barreiro, referência no tratamento de doenças infectocontagiosas.
De acordo com a assessoria de comunicação da Secretaria Municipal de Saúde, os casos foram notificados como determina o protocolo em suspeitas de infecção pela febre maculosa. Os pacientes seguem em observação. Para a confirmação do diagnóstico deverá ser feita a coleta de sangue para exames na Fundação Ezequiel Dias (Funed).
Sobre a Febre Maculosa
A febre maculosa, também conhecida como febre do carrapato é uma doença infecciosa aguda causada por uma bactéria, que fica alojada em uma espécie de carrapato, conhecido como carrapato estrela. A única forma de transmissão é através da picada deste aracnídeo, após ficar fixado no hospedeiro por um período que varia de 4 a 6 horas, ficando incubado por cerca de 2 a 14 dias.
Os sintomas mais característicos são febre, que pode durar de 2 a 3 semanas; fortes dores de cabeça; lesões de pele; dor no corpo; edema dos olhos e conjuntiva.
O tratamento é feito com a administração de antibióticos, nos primeiros 2 ou 3 dias. Quando o tratamento começa tardiamente, podem ocorrer graves complicações, comprometendo o sistema nervoso central, rins, pulmões e lesões vasculares, podendo levar ao óbito.
Por Folha com estado de Minas
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