O caso aconteceu

Ao representar a cena do enforcamento, Klimeck acabou sendo sufocado pelo equipamento de segurança que usava. “O que nós percebemos, após a apreensão da roupa e dos equipamentos, é que havia um cadarço próximo ao pescoço. Talvez este cadarço tenha sido colocado para dar mais realismo à cena, mas ainda não sabemos dizer ao certo se foi ele que provocou o sufocamento”, diz Jocimar Ribas, guarda municipal que participou do socorro ao ator.
Klimeck ficou suspenso por cerca de quatro minutos, sem que nem os outros atores, nem o público, percebessem que ele estava desacordado. “A gente reparou que ele não se mexia. Mas, como se tratava de um ator, todo mundo achou que ele estava representando tão bem que ninguém se deu conta”, diz o professor Ernani, que assistia à peça.
“O que soubemos depois do acidente é que ele estava usando um colete de segurança. Mas estava muito apertado, então ele afrouxou antes de subir ao palco. Quando ele pulou, o colete subiu e apertou o pescoço”, conta Luis Carlos Rosner, dono de uma barraca de lanches na praça onde foi feita a encenação. Rosner chegou a emprestar uma faca para que os outros atores pudessem cortar a corda que sustentava Tiago.
Ator interpretava Judas pela terceira vez, diz irmã da vítima
O ator Thiago Klimeck interpretava o papel de Judas pela terceira vez. Segundo a irmã dele, Fabiana Klimeck Bueno, o jovem fazia parte da companhia de teatro da secretaria da Cultura da Prefeitura de Itararé, no interior de São Paulo, há cinco anos. “Ele sempre foi apaixonado por teatro e interpretava o Judas pela terceira vez. Eu e minha mãe queríamos muito ter ido, mas ela estava doente. Infelizmente como ele encenava um morto, ninguém percebeu”, contou a irmã.
Thiago está desempregado e se recuperava de um acidente de trabalho que sofreu há oito meses. A irmã dele disse que ele caiu e quebrou a bacia em três lugares no antigo trabalho.
Após o enforcamento acidental, ele foi colocado em coma induzido e continua internado em estado grave na Santa Casa de Itapeva, no interior de São Paulo. Fabiana disse que os médicos informaram que devem retirar os medicamentos gradualmente a partir desta segunda-feira (9).
De acordo com boletim divulgado na manhã de domingo, o paciente não corre risco de morrer. Klimeck sofreu asfixia mecânica e ficou quatro minutos desacordado.
Com informações G1 e R7
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