O ladrão anuncia o assalto: "Passa o tomate!" Para proteger o bem maior, a vítima tenta convencer o agressor: "Não quer levar a carteira e deixar o tomate?". Este diálogo faz parte de uma charge que tem circulado nos últimos dias nas redes sociais.
No acumulado do primeiro trimestre, o tomate apresentou elevação de 70,9% e nos últimos 12 meses encerrados em março, uma alta impressionante de 104,11%, pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC), medido pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe).
Em Guanhães, o preço médio na última semana foi de R$ 7,90 o quilo. Proporcionalmente, o fruto custa mais que itens como um pacote de café 500 g (R$ 6,73), um quilo de feijão (R$ 5,88) e um litro de óleo de soja (R$ 3,57).
A entressafra - que é a principal causa apontada pelos produtores para a elevação do preço do produto no mercado - ainda deve durar até o fim do mês de maio. "Os preços não devem subir mais que já estão. Hoje, uma caixa chega a custar até R$ 120 no atacado", diz o orientador da seção de informação de mercado das Centrais de Abastecimento de Minas Gerais (Ceasa Minas), Douglas Costa.
Por enquanto, não há previsão de recuo nos preços. Enquanto alguns alegam que a saída é torcer para o outono trazer menos chuvas, outros assinalam que uma ambição menor dos comerciantes ajudaria. Enquanto isso, as piadas se proliferam. No Twitter, por exemplo, internautas se perguntam quando o ministro da Fazenda, Guido Mantega, vai anunciar o fim do IPI para o tomate.
Com Agências
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