De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), o consumo de cigarros aromatizados entre adolescentes de 13 a 15 anos, adultos e jovens, de 17 a 35 anos, no país, chega a 44%. A pesquisa foi realizada entre 2002 e 2005. “Os aditivos em cigarros” é o foco do “Dia Nacional de Combate ao Fumo” deste ano.
“A colocação de sabores nos cigarros, serve, para que os jovens, não desistam de experimentar por causa do gosto ruim e do mal-estar das primeiras tragadas”, explica a pneumologista Maria das Graças Rodrigues, presidente da Comissão de Controle de Tabagismo, Alcoolismo e outras Drogas da Associação Médica de Minas Gerais.
“Os aditivos liberam maior quantidade de nicotina livre, são rapidamente absorvidos pelo organismo e causam maior impacto nos centros nervosos cerebrais”, alerta a médica. Ela acrescenta que, a cada duas pessoas que experimentam o tabaco, uma fica dependente. Estudos mostram que cerca de 90% das pessoas ficam dependentes antes dos 20 anos, e 50% das pessoas que experimentam, fazem disso, um hábito.
De acordo com o Ministério da Saúde, o tabagismo provoca mais de 50 doenças, sendo responsável por 85% das mortes por doença pulmonar obstrutiva crônica (enfisema e bronquite crônica), 25% das mortes por doenças coronarianas, 30% das mortes por câncer e 25% das mortes por acidente vascular cerebral (derrame).
O número de fumantes tem diminuído no Brasil, de acordo com pesquisa da Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) do Ministério da Saúde. De 2006 a 2009, o percentual de fumantes adultos era de 16, 2%. Em 2010, esse número caiu para 15%. Mesmo com esse avanço, a situação é preocupante.
O Inca estima que 200 mil pessoas morram por ano em decorrência do cigarro, no Brasil. O tabagismo passivo, por sua vez, mata no mesmo período, 600 mil pessoas no mundo; dessas, 2.665 somente no Brasil, sendo que mais de 25% das vítimas são crianças.
Com Portal Hoje em Dia
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