Com a chegada do calor, várias doenças se tornam frequentes, incluindo as oculares. Olhos vermelhos, lacrimejamento, coceira, sensação de corpo estranho, queimação, fotofobia e visão borrada são os sintomas da síndrome do olho vermelho que atinge 20% dos brasileiros no calor, segundo o oftalmologista do Instituto Penido Burnier, Leôncio Queiroz Neto.
A síndrome pode estar relacionada à conjuntivite, alergia, ceratite (inflamação da córnea) ou olho seco. O tratamento é diferente para cada uma dessas doenças, mas 30% dos brasileiros costumam se automedicar quando têm algum problema nos olhos.
O oftalmologista explica que o órgão mais afetado pelos termômetros em alta é o olho. Isso acontece por causa das mudanças de hábito, maior evaporação da lágrima, queda da imunidade e proliferação de bactérias.
Riscos da automedicação - O uso prolongado de colírio anti-inflamatório é perigoso porque a fórmula pode conter corticóide que aumenta o risco de surgir catarata e glaucoma. O oftalmologista diz que os anti-inflamatórios não hormonais que são livres de corticóide podem desencadear alergia severa em pessoas com predisposição a reações alérgicas.
Por outro lado, alerta, o uso prolongado de colírio vasoconstritor para combater a irritação ocular predispõe à catarata precoce. O medicamento também diminui a circulação sanguínea e a oxigenação. Resultado: "os olhos ficam mais expostos a contaminações" afirma.
O especialista alerta para o risco da conjuntivite mal tratada reincidir de forma mais grave e predispor à ceratite, inflamação da córnea. Já as alergias oculares podem progredir para ceratocone, doença que afina e deforma a córnea apontada pelo médico como a maior causa de transplante no país.
Tanto crianças como adultos podem prevenir a conjuntivite mantendo as mãos limpas, e evitando o compartilhamento de equipamentos de informática, maquiagem, toalhas e fronhas.
Para garantir a produção de lágrima o especialista diz que é importante fazer uma dieta com pouco carboidrato, gordura e carne bovina, porém rica em vitaminas A e E (presentes em alimentos como as frutas, verduras e legumes), além da suplementação com Ômega 3, presente nas sementes de linhaça, nozes e algumas verduras.
Por Otempo/Edição Folha
Deixe um comentário