De 16 a 20 de novembro, a segunda edição do Canjerê – Festival de Cultura Quilombola de Minas Gerais - vai ocupar a Praça de Liberdade e os prédios do Circuito Liberdade, com intensa programação (aberta e gratuita).
Aproximadamente 400 quilombolas de diversas regiões de Minas Gerais participarão do encontro. Na região de Guanhães, quilombolas de oito comunidades vão participar: Córrego Cachoeira (Dom Joaquim) , Ivo (Coluna), Três Barras, Buraco e Cubas (Conceição do Mato Dentro) e Vila Nova, Ausente e Baú (Serro).
Realizado pela Federação das Comunidades Quilombolas de Minas Gerais (N’Golo) em parceria com a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Agrário (Seda-MG) e Secretaria de Estado de Cultura (SEC), por meio do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico (Iepha-MG), o Canjerê tem como objetivo ser um espaço de encontros, aprendizados, debates e trocas, e contribuir para dar visibilidade à cultura tradicional quilombola e à luta das comunidades pelo direito à terra e à vida digna.
O projeto integra as comemorações dos 45 anos do Iepha-MG e está em sintonia com as políticas de salvaguarda do patrimônio imaterial e promoção do desenvolvimento agrário em Minas Gerais.
Um dos destaques na programação é a Feira de Artesanato, Culinária e Produtos Quilombolas, que reunirá cerca de 50 comunidades e ficará montada na Alameda da Educação durante todo o Festival.
A programação contará também com shows de artistas como Mauricio Tizumba e Sérgio Pererê, apresentações artísticas de grupos quilombolas, cortejo de guardas de congado, exposição, oficinas e encontros.
N’Golo e a causa Quilombola
Criada em 2005, a N’Golo é formada por cerca de 640 comunidades quilombolas e tem como objetivo representá-las junto ao poder público e à sociedade em geral, articulando a luta pela terra e pelo reconhecimento de direitos, e pela valorização e difusão da cultura quilombola.
Segundo dados do Centro de Documentação Eloy Ferreira da Silva (Cedefes), em Minas Gerais existem cerca de 500 comunidades quilombolas identificadas. Contudo, o acesso à informação, ao reconhecimento legal e às ações de apoio econômico e de infraestrutura previstas pelo Programa Brasil Quilombola ainda não são efetivas na maior parte delas.
LINK PROGRAMAÇÃO: http://www.agenciaminas.mg.gov.br/ckeditor_assets/attachments/1965/programacao_canjere.pdf
Por Folha com Agência Minas Foto: Patrick Arley
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