Em laboratórios do mundo inteiro, a ciência está empenhada na busca incessante por um tratamento contra a Covid-19. Medidas como o isolamento social e o uso de máscaras, que diminuem a velocidade com que o coronavírus se espalha, ajudam a ganhar tempo para que as pesquisas avancem. E progressos estão acontecendo. A cada semana, cientistas fazem descobertas sobre novos medicamentos e entendem melhor como tratar pacientes em estado grave.
Na cidade que é o epicentro da pandemia hoje, cientistas da Universidade Columbia fazem um trabalho massivo. Um experimento está testando milhares de remédios que já existem para saber se algum deles é eficaz contra o coronavírus.
O experimento já existia e buscava uma droga antiviral que pudesse enfrentar muitos tipos de vírus, como dengue, chikungunya, herpes, hepatite, HIV. O coronavírus só foi adicionado aos testes depois do início da pandemia.
As substâncias que pareceram mais eficazes em laboratório já foram encaminhadas para ensaios clínicos. No Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais, em Campinas, São Paulo, pesquisadores fazem uma experiência parecida. Desde janeiro, 2 mil substâncias foram testadas contra o coronavírus em um estudo patrocinado pelo Ministério da Ciência e Tecnologia. Uma delas foi capaz de matar 94% dos vírus in vitro.
É um remédio genérico com poucos efeitos colaterais. E vai ser testado em sete hospitais militares, num ensaio clínico com 500 pacientes. Apenas a metade vai receber o remédio, para comparar o desempenho com os que não receberam. Mas o laboratório continua tentando identificar outras armas para a guerra contra a Covid-19.
Enquanto não há um antiviral específico, os médicos tentam compreender melhor a evolução das doenças. A maioria dos infectados não tem sintomas, ou tem sintomas muito leves. Mas os casos graves da Covid-19 evoluem rápido, só que não da mesma maneira em todas as pessoas. E os médicos já estão aprendendo a identificar algumas dessas diferenças e a como tratar cada paciente.
Por G1/Edição Folha