Uma proteína do leite já conhecida por proteger o organismo humano contra micróbios também pode ser um escudo contra os vírus zika e chikungunya, afirmam pesquisadores brasileiros.
Por enquanto, os testes foram realizados in vitro, mas os dados abrem caminho para a busca de novas estratégias terapêuticas contra ambos os parasitas –no momento, só é possível combater a transmissão ou minimizar os sintomas causados por eles.
O pesquisador explica que simplesmente sair tomando leite para tentar evitar a infecção por zika ou chikungunya não seria uma estratégia razoável para seres humanos adultos, porque a lactoferrina é "quebrada" pelo sistema digestivo. No entanto, compreender melhor como a inibição in vitro ocorre abre caminhos para adaptar a abordagem de maneiras que possam ser usadas e funcionem em pacientes humanos.
Por outro lado, pedaços menores da molécula, que não fossem tão atacados pelo sistema digestivo ao serem ingeridos, talvez sejam úteis –antes de mais nada, será preciso saber qual porção da molécula é responsável por impedir a entrada do vírus, provavelmente por estar se ligando a áreas específicas da superfície das células.
Por Folha de SP