A exposição Rusá, do fotógrafo Tiago Aguiar, propõe um mergulho na tradição do Congado, manifestação brasileira, mas que encontra em Minas sua maior expressividade.
São duas manifestações de culturas periféricas, muitas vezes marginalizadas e que carregam a força da cultura afro-brasileira. Rusá reúne 20 retratos de dançantes da Festa do Rosário dos Homens Pretos do Serro.
Natural do município, Tiago acompanha as festas desde a infância. Mas foi em 2010 que resolveu pesquisar as dimensões de uma das mais importantes tradições do congado no estado. Tiago percebeu que, apesar de os dançantes serem a alma da festa, muitas vezes ficavam no anonimato.
As imagens se diluíam no coletivo. De maneira cuidadosa, Tiago convidou cada um deles para serem retratados com as fardas e acessórios. ''Busquei esse contato mais íntimo, ter outro nível de entendimento. Conversava com eles, descobria um pouco sobre como se interessaram pela festa e fotografava'', conta. Também foram feitas fotografias dos dançantes desparamentados para a confecção de selos, que integraram a exposição.
No último sábado (19 de agosto) foi realizado um Café da Manhã e Roda de Conversa com Congadeiros da exposição RUSÁ, de Tiago Aguiar Nunes, em comemoração ao Dia Nacional do Patrimônio Cultural e o Registro da Festa do Rosário do Serro como Patrimônio Cultural Municipal.
Na ocasião foi feita a entrega do PRÊMIO SEBASTIÃO LOPES RAMOS, uma homenagem às pessoas que vivem a cultura do Serro em seu dia a dia e que se dedicam à promoção e preservação do patrimônio cultural da cidade.
Quem quiser conferir o olhar sobre as lentes desse serrano, a exposição está na CâmeraSete – Casa da Fotografia de Minas Gerais (Avenida Afonso Pena, 737, Centro). De terça a sábado, das 9h30 às 21h. Entrada franca. Até 26 de agosto.
Por Folha com ASCOM Serro