O trabalho de análises laboratoriais para diagnóstico do novo coronavírus (SARS-CoV-2), que provoca a Covid-19, realizado pela UFVJM, ganhou importância ainda maior no último dia 22 de abril. A partir do teste realizado em um paciente da Santa Casa de Caridade de Diamantina que teve morte encefálica, foi possível a doação dos seus órgãos (rim e fígado), além da primeira captação de coração do Vale do Jequitinhonha.
De acordo com o professor da UFVJM que está à frente do trabalho de diagnósticos, Danilo Bretas, a equipe mobilizou-se para realizar o atendimento. “O turno de trabalho já tinha sido encerrado, mas a equipe voltou para processar essa amostra, em um tempo mais curto, de cerca de três horas. Com o resultado negativo, o transplante pôde ser realizado. Foi uma satisfação muito grande para toda a equipe colaborar também com essas doações que poderão salvar muitas vidas”, comenta o professor.
A coordenadora da Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTT) da Santa Casa, enfermeira Thaisa Mara Rocha Rodrigues, esclarece que, com a chegada do vírus no Brasil, os critérios para captação de órgãos ficaram ainda mais rigorosos e a realização do teste é protocolo da Central Estadual de Transplantes (CET) para dar prosseguimento à doação, após a anuência da família do paciente.
O trabalho de diagnóstico na UFVJM
O Núcleo de Doenças Infecciosas e Parasitárias do Laboratório-Escola de Análises Clínicas, do curso de Farmácia da UFVJM, faz parte da RedeLab Covid-19, coordenada pela Fundação Ezequiel Dias (Funed), e tem realizado o diagnóstico para detecção de SARS-CoV-2 em pacientes graves, principalmente das Casas de Saúde de Diamantina, desde o dia 20 de abril.
Por UFVJM/Edição Folha