Será uma verdadeira ode à tropeiragem. Na programação terá condução de tropa pelas ruas da cidade, lançamento do projeto Tambor, Lendo e concerto com a Orquestra de Violas de Sete Lagoas.

O acervo do memorial será dedicado aos costumes, hábitos e utensílios utilizados no dia a dia do tropeiro e do ferreiro, conforme informou a secretária de Cultura, Turismo e Patrimônio, Márcia Betânia.

O acervo reúne mais de mil objetos, entre eles trempe (arco de ferro com três pés onde se coloca a panela), forjas (facas), cangalhas (peças de madeira e couro), bigornas, bruacas (bolsa de couro), enxadas e foices, entre outros.

O memorial nasce das lembranças de infância do médico Sebastião Gusmão, que presenciava o pai, o tropeiro Nozinho Gusmão, conduzir as tropas de Itamarandiba a Diamantina por volta de 1940.

“Por esse motivo passei a colecionar objetos relacionados aos ofícios do tropeiro e do ferreiro”, conta Gusmão, que doou todo o acervo para a Prefeitura de Diamantina.

Gusmão encontrou no prefeito Juscelino Brasiliano Roque um entusiasta do projeto. Segundo Roque, o memorial resgata o passado da cidade.

HISTÓRIA

Os tropeiros foram protagonistas da história mineira por causa do transporte de mercadorias, ouro e diamante. Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, além de dentista, militar e ativista político, foi um dos tropeiros famosos.

Em 1835, o tenente Joaquim Cassimiro Lages construiu um rancho destinado ao comércio e troca de mercadorias, o Mercado dos Tropeiros, no centro histórico.

O mercado mantém até sua destinação original. Reza a lenda que o presidente Juscelino Kubitscheck teria se inspirado nos arcos do monumento para influenciar os traços de Oscar Niemeyer no projeto do Palácio da Alvorada.

Hoje, a edificação abriga uma feira de quitandas às quintas, um espaço gastronômico às sextas, uma feirinha de hortifrutigranjeiros aos sábados e o projeto Arte Mercado aos domingos.

Por O Tempo/Edição Folha