Esse sábado (26) foi um dia difícil para os familiares de Dona Maria das Graças de Jesus, falecida na noite de sexta (25). Além da grande perda, a família ainda precisou enfrentar uma situação lamentável: o cemitério estava sem coveiro e os próprios parentes tiveram que sepultar o corpo.
Segundo o genro da guanhanense, Sandro Alex de Souza, tudo foi acordado com os coveiros e com o cemitério antes do enterro. “O sepultamento estava marcado para 16h, mas como o corpo começou a ser velado no salão de velórios ao 12h e muitas pessoas estavam vindo de fora, fui conversar com o pessoal do cemitério, inclusive com os coveiros, que concederam mais trinta minutos de tolerância”, compartilhou.
Sandro contou à reportagem da Folha que ao chegar ao cemitério, às 16h25min, a família encontrou a cova aberta, mas não havia ninguém no local. “Fui até o escritório do cemitério, liguei para uma funcionária, e foi ela quem nos ajudou entregando pelo menos os ganchos para colocar o caixão dentro da cova. Nunca sepultamos ninguém e estávamos com muito medo de algo dar errado”.
A filha de Dona Maria das Graças, Elizane de Jesus, diz estar indignada com o ocorrido. “Ficamos sem saber o que fazer. Eu só queria saber da prefeitura o porquê. Isso não pode ficar assim”, afirmou.
Ainda de acordo com Sandro, a funcionária da prefeitura que estava presente no momento, disse à família que os coveiros não foram porque eles estavam realizando uma prova prática referente ao processo seletivo da Prefeitura e não teriam condições físicas para trabalhar.
A reportagem da Folha entrou em contato com um dos coveiros, que informou não ter tido escolha.
“Nós conversamos com a administração do cemitério eles não nos deram escolha, disseram que teríamos que fazer a prova. Nós ainda questionamos sobre o horário do sepultamento, mas não adiantou”, disse.
Por Folha
Foto: Arquivo Pessoal