As informações são do Médico Veterinário da Clínica Animalis, Dr. Igor Gonçalves Leal
Neste mês de maio o frio começou com tudo em Guanhães. A queda nas temperaturas, assim como para os seres humanos, também pode impactar drasticamente a saúde dos animais, favorecendo o aparecimento de algumas doenças.
Na última semana, a ONG Pets de Rua e Adoção Guanhães sinalizou o grande número de cães já infectados com cinomose pelas ruas da cidade. A doença, que pode ser letal, acomete alguns mamíferos, principalmente os cães.
Segundo o médico veterinário da Clínica e PetShop Animalis, Dr. Igor Gonçalves Leal, a cinomose é uma doença viral, que atinge todos os órgãos. A principal forma de contágio é pelo contato com animais infectados ou secreções. Importante ressaltar que seres humanos não desenvolvem a doença.
Nos animais, os sintomas são divididos em duas fases, viceral e nervosa.
Na viceral, o animal apresenta febre, secreção nasal, secreção nos olhos, pústulas abdominais, desiquilíbrio, diarreia, vomito e emagrecimento. Já na fase nervosa, além desses sintomas, é possível identificar descoordenação, espasmos, e em alguns casos, levar ao coma e a morte.
De acordo com o especialista, o diagnóstico da cinomose é realizado pelo exame clínico e teste rápido. Vale ressaltar que o diagnóstico deve ser feito somente pelo médico veterinário, uma vez que há outras doenças neurológicas com sintomas muito parecidos, podendo causar confusão.
Conforme as informações do Dr. Igor, a prevenção da cinomose é feita com um protocolo adequado de vacinação do cão, que tem início aos 45 dias de vida, e necessita de reforço anual. Ele salienta que o ideal é que os proprietários optem pela chamada ‘vacina importada’, que apresenta maior eficácia, desde que seja bem armazenada.
O veterinário também ressalta a importância de o animal passar por uma avaliação clínica antes de ser imunizado, uma vez que se ele já estiver contaminado, a vacina pode agravar a doença.
Outras formas de prevenir o contágio por cinomose é evitar que seu cão tenha contato com outros animais, principalmente se ele ainda for filhote e não tiver completado o esquema vacinal. Nesses casos, o ideal é que o cão não frequente locais com aglomeração de animais como banhos em petshop, e evite sair de casa. Também é importante evitar entrar em casa com calçados que possam ter tido contato com secreção de cães de rua.
Caso esteja cuidando de um cão doente, higienize as mãos e roupas, e utilize desinfetante a base de amônio quaternário no ambiente.
Se seu animal apresentar qualquer sintoma, procure sempre o médico veterinário.
Imagem Ilustrativa/Reprodução Internet