Nesse dia especial, a reportagem da Folha conta a história de Maria José Borges da Silva, que não é só mãe, nem avó, tampouco bisavó, aos 98 anos, ela é tataravó.

Dona Maria foi criada na roça, para ser mais exata, na localidade denominada Bagagem, zona rural do município de Serro. Foi lá que ela criou seus 11 filhos, e é lá que ela compartilha seu amor com seus 49 netos, 79 bisnetos e seus 6 tataranetos.

Segundo uma das filhas de Dona Maria, Adeilde da Silva Queiroz Miranda, 67 anos, o que não falta é disposição, apesar dos anos vividos. Além de se dedicar a sua horta, de onde tira os mágicos temperinhos para a comida que ela mesma produz, sempre que pode e quando quer agradar alguns dos binestos, faz aquela farinha torrada; sem falar na confecção das colchas de retalho, fronhas e almofadas que não abre mão.

“Graças a Deus ela é bem saudável, apesar de ter perdido um pouco da visão e escutar pouco devido à idade. No mais é super ativa, sempre fazendo as coisinhas dela, cozinhando, buscando alguns pedacinhos de pau no engenho pra acender o fogão a lenha, costurando, cuidado da horta. A vida dela sempre foi e continua sendo na roça, vai a rua só quando a levamos e mesmo assim já quer logo voltar”, compartilhou a filha.

Hoje, há mais de 30 anos sem o marido e sem um dos filhos, o amor, carinho e cuidado em dobro são passados às outras gerações, que se orgulha por ter ainda por perto essa vovó tão lúcida e especial.

“Ter uma bisavó já é incrível e ser como ela é a melhor coisa do mundo. Ela tem um carinho enorme com a gente, lembra de cada um dos netos, bisnetos, tataranetos, faz questão de todos, ela é muito dedicada e é vaidosa, cuida dos cabelos e da pele. Ela é linda demais e nós a amamos muito”, declarou uma das bisnetas, que mora em Sabinópolis, Scarlet Generoso.

A Folha parabeniza a todos os vovôs e vovós pela data e por esse amor incondicional, que deve ser lembrado por quem os ama todos os dias! São eles o amor que nunca envelhece e a sabedoria que nunca acaba.

Por Folha Fotos: arquivo pessoal