Em meio a uma grave epidemia de dengue no Estado, outra doença começa a avançar. Em um período de apenas quatro anos, os casos de caxumba em Minas aumentaram 204%, passando de 1.371, em 2015, para 4.166 registros, em 2018. Em 2019, até o meio do mês de abril, já foram notificados 813 casos de caxumba no Estado.
Em Guanhães, segundo a Vigilância Epidemiológica, o município não registra casos de caxumba desde o ano passado, no entanto, devido ao avanço da doença em outras localidades, a imunização com a vacina Tríplice Viral, que protege contra caxumba, sarampo e rubéola está sendo intensificada.
O último surto recente na região, ainda de acordo com a pasta, aconteceu em 2017, quando a doença acometeu um pequeno grupo de estudantes de São João Evangelista.
“É muito importante que a população vá até as Unidades de Saúde verificar o cartão de vacinas e atualizá-lo caso seja necessário. A vacina contra a Caxumba encontra-se disponível gratuitamente em todos os PSFs da cidade”, informou a Coordenadora da VE, Neusa Mendes.
De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), a caxumba é uma doença viral contagiosa que se manifesta por febre, dor de cabeça e inchaço nas glândulas salivares, sublinguais ou submandibulares. Ela pode durar de uma semana a 10 dias e é transmitida pelas vias aéreas por meio de perdigotos ou até mesmo pelo contato com objetos, utensílios e mãos contaminadas com secreção. A doença, no entanto, tem um índice de letalidade considerado baixo e sua forma de prevenção é a vacina.
Fenômeno mundial
Segundo o coordenador de doenças e agravos transmissíveis da SES-MG, Gilmar Rodrigues, o surto da doença em Minas é um fenômeno mundial e se deve à falta de cobertura vacinal. “Outros estados do Brasil e vários países do mundo têm registrado um aumento da doença. A caxumba normalmente se manifesta em conjunto, já que é uma doença transmissível. Então, podem ser encontrados pequenos surtos em escolas, no ambiente familiar etc”, explica.
Dessa forma, o surto generalizado é formado por vários pequenos surtos, já que, por se tratar de uma doença contagiosa, é comum que a caxumba se manifeste não somente em uma única pessoa, mas que se espalhe em outras pessoas daquele convívio, caso elas não estejam imunizadas.
Por Folha com informações Hoje em Dia