Desde que ouviram a frase “estou grávida”, a vida de Layran Carvalho, Audric Furbino e Ronaldo Ferreira nunca mais foram as mesmas, afinal ser pai é de fato um divisor de águas na vida de qualquer homem.
O cantor Layran, 26 anos, recebeu a notícia quando menos esperava e de uma forma inusitada: “Eu estava no trabalho, e duas amigas da minha esposa chegaram com uma caixa de correios dizendo que era um celular para eu fazer um orçamento. Quando abri a caixa, lá estava o resultado do exame e um sapatinho de bebê”, contou.
De acordo com o guanhanense, naquele momento a sensação que teve foi diferente de tudo o que já viveu, e uma alegria imensa tomou conta de seu coração: “No minuto em que fiquei sabendo minha vida e meus pensamentos mudaram por completo. Um ser que eu nem conhecia já tinha todo o meu amor. Surgiu dentro de mim um instinto de proteção que eu ainda não conhecia. Foi a melhor notícia do mundo.”
O pai Layran aguarda pela pequena Jhúlia ainda este ano de 2016. Sua esposa, Blenda Simões está grávida de seis meses.
O advogado Audric Furbino, 46 anos, e sua esposa Karina Sales não só planejaram a gravidez, como desejavam muito ter um filho. E ele veio. Quando recebeu a notícia por telefone, o guanhanense chegou a não acreditar: “Foi um turbilhão de sentimentos no momento, mas depois tive uma sensação muito boa, difícil até de explicar”, contou.
Tudo ia muito bem até o quarto mês de gestação, quando através de um ultrasson morfológico foi constatado que o bebê do casal tinha hidrocefalia, uma síndrome provocada pelo aumento de líquido no cérebro. A partir daí, as coisas mudaram. “O restante da gravidez foi de momentos de apreensão e medo. As notícias eram as piores possíveis. Um médico chegou a dizer que meu filho nasceria e não sobreviveria nenhum dia”, compartilhou.
Contrariando a tudo o que foi dito, o pequeno Francisco, chamado carinhosamente pelos familiares de Chicão, nasceu e após alguns meses internado no CTI neonatal foi para casa. O papai Audric acompanhou todo o processo e passava o dia inteiro ao lado do filho. Hoje Francisco está com oito meses e recebe acompanhamento em casa. Para o advogado, apesar dos momentos de apreensão, o aprendizado foi muito maior:
“Com o Francisco vivi sensações maravilhosas. Das tantas coisas que já aprendi, o maior aprendizado até aqui foi saber acreditar no Deus do impossível, ter fé e saber o quanto a família é importante. Alguns dizem que crianças especiais vem para pais especiais. Não me considero especial, mas com certeza a vinda do meu filho mudou por completo minha maneira de ver a vida, e me ensina a cada dia o quanto devemos ter esperança, mesmo que seja mínima”, afirmou.
Já o pai Ronaldo Ferreira tem hoje 45 anos e uma única filha de 17, mas se lembra como se fosse ontem do dia em que a mulher, Maria do Porto Ferreira, anunciou a gravidez: “Fiquei em completo êxtase . Meu sonho era ser pai e naquele momento me senti a pessoa mais feliz do mundo”.
Na época do nascimento da filha, Ronaldo foi diagnosticado com epilepsia e por isso não pôde acompanhar a mulher durante o parto. Depois que a pequena Stela nasceu a recomendação dos médicos era para que ele evitasse carregá-la sozinho por causa dos ataques epiléticos que aconteciam de uma hora para outra, e isso foi motivo de grande chateação para um pai de primeira viagem. “Ouvir isso dos médicos doeu muito. Foi difícil querer segurar minha filha e ter que evitar. Sofri bastante”, contou.
Apesar dos desafios, o aposentado afirma que os momentos de tristeza foram substituídos por lembranças inesquecíveis: “O momento em que vi minha filha pela primeira vez foi emocionante e ficou gravado em minha memória. Ver que Deus me permitiu ser pai de um ser tão lindo e delicado, era naquele momento e ainda é o melhor presente que pude ter nessa vida. Ser pai é algo realmente incrível”, ressaltou.
Por Folha