Uma droga capaz de alterar a estrutura do DNA e evitar a multiplicação de células com câncer é a grande aposta de cientistas da Universidade de Brasília, que há quatro anos trabalham no projeto. No entanto, os pesquisadores precisam de R$ 170 mil para prosseguir com o estudo e, assim, lançar o produto no mercado em 12 anos.
A descoberta surgiu da ideia de enxergar o nucleossomo – unidade da cromatina, que compacta o DNA dentro da célula – como alvo terapêutico. Segundo os especialistas, o medicamento atua conectado a ele, modulando a abertura e fechamento das fitas de informação genética. Assim, ele interfere na interação entre o DNA e proteínas, podendo “barrar” o que não é desejado, como o câncer.
A tecnologia, embora não impeça o surgimento da doença, evita que células com informações genéticas não desejadas se reproduzam. “No câncer, por exemplo, temos uma alta proliferação celular, e isso acontece porque a expressão de vários genes está desregulada na célula. Se regulamos essa disfunção, tratamos o câncer”, explica a biomédica e doutoranda em patologia molecular Isabel Torres.
Por OTempo