A decisão do juiz Rodrigo Dias de Castro foi confirmada na tarde de quarta-feira (23). Ele, o vice, Vander dos Santos Pinto, e a ex-prefeita, Efigênia Maria Magalhães foram acusados de utilizar a administração pública na campanha eleitoral.
Toda confusão aconteceu por causa da presença do deputado Diniz Pinheiro (PSDB), presidente da Assembleia Legislativa em Gonzaga, no dia 12 de setembro do ano passado, durante a campanha eleitoral.
Ele, Julinho e o vice fizeram uma carreata saindo do campo de futebol em direção ao centro da cidade. Na chegada havia um palco, centenas de alunos e servidores públicos. Naquele dia houve uma mistura de evento político com evento oficial (a prefeita diz que houve uma coincidência e que ela fazia um evento para agradecer o deputado por conseguir verba para construir uma escola).
Membros da Coligação Gonzaga de Todos Nós, que tinha como candidato a prefeito Giovani da Silva (PSD), não concordaram com o fechamento de escolas e postos de saúdes para o evento político. O deputado Diniz Pinheiro foi uma das 15 testemunhas arroladas e ouvidas neste processo com mais de 500 páginas.
Denunciada, a ex-prefeita Efigênia Maria Magalhães afirmou que não houve qualquer determinação para fechamento de órgãos públicos, nem a utilização de material ou recursos públicos para apoiar a candidatura dos demais investigados. O evento em homenagem ao deputado, segundo ela, não tinha cunho político eleitoral.
Os investigados Júlio Maria de Sousa e Vander dos Santos Pinto alegaram que não tinham poder de influência sobre a administração municipal e que o evento consistiu em uma visita do Presidente da Assembléia Legislativa de Minas Gerais a vários municípios da região com o intuito de apoiar seus correligionários.