Hoje, quinze dias após a morte do taxista Vitor Alves Anício, de 59 anos, assassinado no dia 16 de novembro, no povoado de Santa Joana, em Itamarandiba, familiares e amigos, estão revoltados e indignados porque um dos envolvidos no crime, o menor A.G.V, de 16 anos, já está em liberdade.
Por ser menor, A.G.V. não poderia ficar mais de 05 dias na cadeia e como não conseguiram vaga para ele em uma instituição apropriada, tiveram que soltá-lo.
Familiares do taxista enviaram um e-mail para a reportagem da Folha manifestando sua revolta. “Queremos dizer que estamos indignados com esta injustiça, pois ele pode matar, mas por ser menor não pode ficar na cadeia pelo crime que planejou e executou. Isto é um absurdo!”, desabafaram.
O crime
No dia 16, pela manhã, os dois autores combinaram com o taxista uma corrida para Itamarandiba pelo valor de R$ 60,00. O taxista não retornou para casa e a família ficou desesperada. No dia seguinte, o taxista foi encontrado morto com um tiro na cabeça, às margens da BR MGT 117, próximo ao povoado de Santa Joana, no município de Itamarandiba.
Após investigação, as polícias de Peçanha, Coluna e Itamarandiba conseguiram localizar os autores do crime que haviam trocado a placa do carro por outra de Diamantina, além de terem afixado no vidro de trás um adesivo de uma empresa de som automotivo de Itamarandiba. O veículo foi encontrado pela polícia numa rua perto da residência do menor.
Após a abordagem os autores confessaram o crime de latrocínio (roubo seguido de morte) e levaram os policiais até o local onde o corpo estava. O corpo foi encontrado por volta de 18h30, e após a perícia, foi liberado para a família.
O outro autor, Valter Ventura de Sousa de 25 anos, que já tinha passagem na policia de Carbonita por receptação, continua preso em Capelinha. Os policiais localizaram ainda a arma do crime - um revólver calibre 32 que já estava em poder de D.B.A, de 23 anos para ser vendido.
Vítor Alves Anício era casado, tinha quatro filhos, havia voltado a se dedicar ao táxi há três meses. Ele havia abandonado a profissão para trabalhar como eletricista.