A Polícia Civil de Governador Valadares concluiu as investigações sobre um caso ganhou repercussão na impressa mineira e circulou por todas as redes sociais. Desde o homicídio da cabeleireira Renata Aparecida Leite, ocorrido em 30 de janeiro deste ano, a Polícia Civil investiga o que teria acontecido e ainda o desaparecimento da filha da vítima no mesmo dia do crime, a menina Nívia Vitória de dois anos de idade. Agora, o caso parece estar perto do fim.
Foram quatro meses de espera e angústia e na tarde desta quinta-feira (24), a Polícia Civil contou os resultados das investigações em uma coletiva na Delegacia Regional de Governador Valadares. Segundo as investigações, a criança foi assassinada no mesmo dia que a mãe, pelo próprio pai, o agente penitenciário Breno Soares de Oliveira (31). Segundo as investigações, ele premeditou a morte da mulher que foi assassinada com tiros e facadas. Ele e outros dois suspeitos foram presos no início da semana na cidade.

(Foto: Polícia Civil de Governador Valadares)
A relação entre vitima e o autor ocorreu em 2006 quando Renata Leite foi presa e na cadeia conheceu o agente Breno. Eles se envolveram em um relacionamento amoroso, mesmo o agente sendo casado e foi desse romance que Renata ficou grávida de Nívia Vitória.
Renata conheceu o agente quando foi presa em 2006
Segundo as investigações, o motivo dos assassinatos seria porque, o agente começou a ser pressionado por Renata Leite exigindo dinheiro e ainda fazendo ameaças. Diante desta situação, ele contratou os outros dois envolvidos para executarem Renata.
Para atrair a vítima, Breno marcou um encontro pedindo que levasse também a filha. Mas elas foram surpreendidas pelos dois homens que anunciaram um assalto. Retiraram Renata da presença da filha e executaram a mulher.
Depois da execução, os autores perguntaram ao agente qual seria a medida tomada quanto a criança e o Breno respondeu “que ele cuidaria disto”. A solução escolhida pelo pai foi de levar a criança para outra estrada rumo à penitenciária onde estacionou o veículo, se ajoelhou diante da criança e dizendo que a amava, estrangulou-a até a morte.
Pelas investigações, Breno estrangulou a filha após dizer que a amava
Durante interrogatório, Luciano e Henrique confessaram e confirmaram todo histórico apresentado pela policia. Já o agente Breno nega qualquer participação. A polícia continua trabalhando na localização do corpo da criança, já que o autor não dispõe a colaborar e se mantém em silêncio.
Todos os envolvidos já possuem passagem pela polícia, sendo Breno por ameaça, Luciano por formação de quadrilha, tentativa de homicídio e roubo, e Henrique por furto e roubo.
Durante a coletiva, o delegado que preside o inquérito, Cléristo Lopes de Amorim, disse que em uma semana, o que inquérito deverá estar finalizado e entregue à justiça.
O delegado que preside o inquérito, Clériston Amorim (centro), prestou os esclarecimentos sobre o crime juntamente com o delegado regional, Ailton Lacerda (esquerda) e o Inspetor de Homicídio, Hélio Cássio