O objetivo é combater o transporte clandestino que oferece riscos aos passageiros que acabam como vítimas da situação. Um caso registrado em Governador Valadares na semana passada ilustra esse histórico. Durante blitz realizada em conjunto com fiscais do DER/MG, no município de Aimorés, Policiais Militares Rodoviários abordaram um veículo VW Fox de Baixo Guandu/ES, emplacado na categoria particular.
Após busca pelo interior do carro, foram encontrados cartões de visita em nome do condutor, um homem de 28 anos, que eram usados para contato referente ao transporte remunerado de passageiros. Também foi encontrado um caderno de anotações com nomes de passageiros e valores de corrida.
No ato da abordagem o condutor estava sozinho, mas após conversa, os policiais descobriram que ele havia deixado os passageiros pouco antes do local da blitz no intuito de ir até o Posto de Fiscalização para verificar se os policiais estavam realizando blitz naquele momento. Diante da situação, os agentes do DER foram até o local onde estavam os passageiros e confirmaram o fato. Os passageiros revelaram que estavam pagando o valor individual de R$ 6 para o transporte de Aimorés até a localidade conhecida como Expedicionário Alicio.
Enquanto os fiscais do DER confeccionavam o auto de infração referente à prática do transporte clandestino, os militares checaram o sistema informatizado e constataram que havia dois mandados de prisão em desfavor do condutor, sendo que um deles era oriundo da Comarca de Betim/MG, por porte ilegal de arma de fogo. O condutor foi preso e conduzido a Delegacia da Polícia Civil de Aimorés e o veículo foi apreendido e removido ao pátio de um guincho credenciado. O condutor ainda responderá por exercício ilegal de profissão.
O envolvimento do motorista com outras ações criminosas demonstram os riscos da população que contribui com esse crime, mesmo inocentemente, às vezes. Segundo informações do Diretor de Fiscalização do DER/MG, João Afonso Baeta Costa Machado, já foram detectados e apreendidos transportadores clandestinos dirigindo depois de terem consumido bebidas alcoólicas, inabilitados, e mais grave, com vínculo com o contrabando, lavagem de dinheiro e tráfico de drogas.
Por Samira Cunha
