A situação foi descoberta a partir de duas reclamações no Procon Regional de Guanhães. Segundo a coordenadora do órgão, Suzana Figueiredo, em 2011 duas pessoas reclamaram de um contrato de empréstimo para financiamento e/ou consórcio para compra de uma casa. Foi aí que o golpe foi descoberto.
Aproveitando que bancos e financeiras oferecem o serviço de forma legal, os estelionatários criaram o próprio sistema. Dos dois casos que chegaram ao Procon, um era verdadeiro, mas o outro foi confirmado como golpe. “Um deles realmente fez o consórcio, então foi orientado. Já o outro realmente caiu no golpe e teve prejuízo financeiro, mas nesse caso não podemos intervir e por isso foi encaminhado para a Polícia Civil”, relatou Suzana Figueiredo.
O golpe é investido principalmente nas áreas onde vivem famílias mais carentes e com pouco acesso a informação. Para fechar o contrato do empréstimo imobiliário, o estelionatário pede um valor de entrada que pode ir de R$ 2 mil a R$ 5 mil, no mínimo. Mas feito o pagamento, o “cliente” nunca mais vê nem o “funcionário” da agência bancária ou financeira, e nem a casa nova. “A pessoa recebe a entrada, some e não volta mais. E as pessoas precisam ficar atentas e não caírem nesse golpe”, orienta a Coordenadora do Procon.
Em caso de suspeitas, denúncias podem ser feitas pelo 190 à Polícia Militar, de qualquer município. Em Guanhães, o outro número do telefone da PM é o (33) 34221-7600.
Por Samira Cunha