Em meio à escalada dos casos de febre amarela em Minas Gerais, outra doença entra no radar das autoridades sanitárias mineiras e faz soar o alerta no estado: o sarampo. Com a aproximação do vírus, a Secretaria de Estado da Saúde (SES-MG) ressalta a importância da vacinação, única forma de prevenção contra a virose.
Mesmo depois de a doença ser erradicada no país, autoridades já temiam seu retorno, principalmente devido à migração na Região Norte. Em Minas, os últimos casos autóctones – quando a transmissão acontece dentro do próprio território do estado – foram em 1999, quando ocorreram nove notificações.
A transmissão do sarampo pode ocorrer de uma pessoa a outra, por meio de secreções expelidas ao tossir, falar, espirrar ou até na respiração. O contágio pode se dar ainda por dispersão de gotículas no ar em ambientes fechados. Por isso, é considerada uma doença infecciosa viral extremamente contagiosa.
Os principais sintomas são manchas avermelhadas em todo o corpo, febre alta, congestão nasal, tosse e olhos irritados, além de poder causar complicações graves, como encefalite, diarréia intensa, infecções de ouvido, pneumonia e até cegueira, sobretudo em crianças com problemas de nutrição e pacientes imunodeprimidos.
BAIXA PROTEÇÃO
O vírus é muito comum na infância, mas pode acometer pessoas de qualquer idade. Em Minas, a vacinação ainda não atingiu a meta de 95% das crianças de 1 ano imunizadas. A estimativa é de que em janeiro a taxa de imunização tenha chegado a 88%, embora as doses estejam disponíveis em todas as unidades básicas do Sistema Único de Saúde (SUS).
Crianças de até 1 ano devem receber duas doses: a primeira com 12 meses de vida, como parte da tríplice viral (contra sarampo, caxumba e rubéola), e a segunda aos 15 meses, com a tetra viral (que inclui proteção contra a varíola). Pessoas com até 49 anos que não receberam as duas doses devem atualizar o cartão de vacinação. “Quem não tem o cartão deve ir ao serviço de saúde mesmo assim. Lá essas pessoas vão passar por uma avaliação dos profissionais de saúde, para saber se devem ou não receber a dose”, disse o coordenador da Vigilância Epidemiológica estadual.
Por Estado de Minas