O Hospital Nossa Senhora da Saúde situado em Diamantina fechou as portas e suspendeu os atendimentos nesta sexta-feira, 1° de dezembro. Segundo um comunicado da administração do Hospital, a instituição vai apenas cuidar dos pacientes já internados providenciando suastransferências.
O motivo da paralisação seria o atraso no pagamento do corpo clínico e uma dívida atual de aproximadamente R$ 18 milhões.
No dia 10 de novembro, o prefeito de Diamantina e presidente do CISAJE (Consórcio Intermunicipal do Alto Jequitinhonha), Juscelino Brasiliano Roque, convidou prefeitos e secretários de saúde da macrorregião, para uma reunião em caráter de urgência para tratar do assunto. A Irmandade e o corpo clínico do hospital já teriam comunicado a suspensão do atendimento caso alguma medida não fosse tomada para sanar a crise.
Na ocasião, Juscelino ressaltou que, quando o hospital parou as atividades em outra época, ocorreu um caos na saúde da região, inclusive com consequências imediatas no atendimento da Santa Casa. Atualmente, além de Diamantina, apenas Presidente Kubitscheck contribui com um repasse mensal. A proposta era de que todos os municípios repassassem verba para as casas de saúde.
O presidente da Irmandade Nossa Senhora da Saúde, o arcebispo da Arquidiocese de Diamantina, Dom Darci José Nicioli, ressaltou a importância de uma ação imediata. “Não adianta ficar protelando. É preciso que os prefeitos assumam a responsabilidade de fazer frente ao custeio das casas de cura. Se o hospital fechar, para onde é que os senhores e senhoras vão enviar seus doentes?”, declarou Dom Darci.
O diretor do corpo clínico do hospital, o doutor Anderson José dos Santos, disse que os médicos estavam há dois meses sem receber os salários, já tendo em atraso sete meses seguidos de pagamento referente a outro período.
A reportagem da Folha entrou em contato com o Hospital Nossa Senhora da Saúde na manhã desta sexta-feira (1ª) e uma funcionária que preferiu não se identificar confirmou a paralisação. De acordo com ela, até o momento não foi apresentada à Instituição nenhuma solução efetiva da crise.
Por Folha com Informações Jornalista Gilmara Paixão