Frios e sem demonstrar medo de punição. Assim a Polícia Civil classificou o comportamento de Marcos Magno Peixoto Faria, de 25 anos, e de Helton Moreira de Castro, de 19, que confessaram nessa terça-feira ter executado um casal na Serra do Cipó, na Região Central de Minas Gerais.
(Fotos Flávio TavaresHoje em Dia)
Os dois suspeitos ainda apontaram a participação de um menor de 17 anos no crime. O garoto foi apreendido e teria ajudado a queimar a caminhonete das vítimas. Nesta quarta-feira pela manhã, foram retomadas as buscas pelos corpos do advogado Alexandre Werneck de Oliveira, de 46 anos, e da namorada dele Lívia Viggiano Rocha Silveira, de 39, que teriam sido jogados em um rio.
Os dois homens foram detidos na tarde dessa terça-feira em Conceição do Mato Dentro. Eles também foram levados ao local onde o veículo foi queimado, na Serra do Cipó, e deram aos policiais detalhes sobre como mataram o casal e depois se livraram dos corpos. Lá, ainda, apontaram a participação do menor no esquema.
O chefe do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), delegado Wagner Pinto, que foi para Conceição do Mato Dentro acompanhar o caso, explicou que não há dúvidas de que se trata de um crime de latrocínio (roubo seguido de morte). Para o policial, o encontro do veículo incendiado e a identificação de Marcos, que está com o rosto queimado, foram contundentes para a elucidação do crime.
O delegado, ao final dos depoimentos dos suspeitos na noite dessa terça-feira, falou sobre a frieza dos envolvidos ao descreveram as execuções. “A principio eles não demonstraram arrependimento. Não mostraram temor da punição que os espera”, avaliou. A polícia suspeita ainda que a namorada do advogado tenha sido violentada antes de ser assassinada.
Segundo o delegado, os suspeitos contaram que na sexta-feira abordaram as vítimas no mirante da Serra do Cipó. Os criminosos disseram que chegaram ao local em uma moto CBR-300 amarela, que pertence a Marcos. Armados com um revólver calibre 22, renderam o advogado e a namorada e os levaram, no carro deles, até uma ponte do rio Santo Antônio, onde tiveram roubados os celulares e R$ 174 em dinheiro. Em seguida, os ladrões disseram que atiraram contra as cabeças do casal. Depois, jogaram os corpos na água.
Ainda durante o depoimento, a dupla contou que o veículo do advogado, uma caminhonete importada, ficou abandonado às margens do rio durante todo o sábado e domingo. Na segunda-feira, a dupla voltou ao local acompanhada de um menor de 17 anos. Os assassinos contaram que o adolescente ajudou a tirar as placas do veículo e depois incendiar o automóvel.
As informações dadas pelos suspeitos sobre o assassinato do casal, segundo a polícia, somente poderão ser confirmadas com a localização dos corpos das vítimas. Assim que isso acontecer, eles passarão por perícia. Ainda segundo Wágner Pinto, se nos próximos depoimentos os envolvidos entrarem em contradição, uma reconstituição do crime deverá ser marcada.
Com informações Portal Uai
Deixe um comentário