O lixo que produzimos em nosso dia a dia é recolhido nas portas de nossas casas e geralmente nos esquecemos desse “incômodo para os olhos e narinas” a partir deste momento e achamos que o problema está resolvido. No entanto, é importante parar para pensar e questionar: “Para onde foi o lixo?”
De acordo com uma Pesquisa Nacional de Saneamento Básico (PNSB), realizada em 2008 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 50,8% dos municípios brasileiros possuem como destinação final de seus resíduos sólidos os lixões, 22,5% usam aterros controlados e 27,7% usam aterros sanitários. Mas o que diferencia esses tipos de destinações dos resíduos sólidos?
Lixão
Os lixões são vazadouros a céu aberto, que não fornecem tratamento adequado para o lixo. Nos lixões os resíduos vindos de diversos lugares, como de residências, indústrias, hospitais e feiras, são jogados e amontoados em grandes depósitos a céu aberto que geralmente ficam longe dos centros urbanos. Este é o sistema usado em Guanhães para o depósito de lixo produzido no município.
Aterro Sanitário
Nos aterros sanitários, o lixo residencial e industrial é depositado em solos que receberam tratamento, ou seja, que foram impermeabilizados, o que inclui uma preparação com o nivelamento de terra e com a selagem da base com argila e mantas de PVC. Os aterros sanitários também possuem sistema de drenagem para o chorume (líquido preto e tóxico que resulta da decomposição do lixo), que é levado para tratamento, sendo depois devolvido ao meio ambiente sem risco de contaminação, além de captação dos gases liberados, como metano, seguida da sua queima.
Aterro Controlado
Ainda existem os aterros controlados, que são lugares onde o lixo é disposto de forma controlada e os resíduos recebem uma cobertura de solos. No entanto, os aterros controlados não recebem impermeabilização do solo nem sistema de dispersão de gases e de tratamento do chorume gerado, ou seja, os aterros controlados são uma categoria intermediária entre o lixão e o aterro sanitário, sendo geralmente uma célula próxima ao lixão, que foi remediada, recebendo cobertura de grama e argila.
Todos os três exemplos de destinação do lixo possuem grandes desvantagens, por esse motivo é necessário repensar sobre reaproveitamento. Já que 95% da massa total dos resíduos urbanos têm um potencial significativo de reaproveitamento, ou seja, apenas 5% é realmente lixo.
Por Folha com Portais